A avenida Paulista, na região central de SP, teve neste domingo (23) um segundo, e talvez último, teste de fechamento para veículos e de uso exclusivo para ciclistas e pedestres como via de lazer. Para que a iniciativa se torne permanente, o prefeito Fernando Haddad terá agora de negociar com o Ministério Público e com a associação que reúne moradores, comerciantes e empresários da região da avenida.
As negociações começam já nesta semana, em paralelo a um novo estudo de impacto do trânsito feito pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) da cidade. A resistência dos promotores está no papel. Segundo eles, um acordo com a prefeitura, de 2007, limita a três por ano o número de eventos de duração prolongada e com interrupção da avenida. De acordo com o prefeito, o fechamento da via todos os domingos ou uma vez por mês, como chegou a cogitar, não se encaixa nesse acordo com o Ministério Público. Segundo ela, além de ser uma ação de "marketing" da prefeitura, o fechamento traz prejuízo a jornaleiros, taxistas, hotéis e estacionamentos.
Fonte: Folha de S. Paulo, 24 de agosto de 2015