Por Jorge Hori*
A mudança do perfil da frota de automóveis vem gerando um problema adicional para os estacionamentos. A emergência dos SUVs e sua aceitação pelo mercado fazem com que os carros grandes não sejam exceção, mas parcela significativa da frota. Com participação maior sobre as frotas que buscam os estacionamentos pagos.
Além da ocupação maior de espaço, vem com novas tecnologias que obrigam a um treinamento maior dos manobristas.
Por serem mais caro, elevam os valores dos prêmios dos seguros.
A tecnologia e o alto custo não afetam apenas os carros grandes mas todos da categoria "premium".
Os motoristas dos carros de entrada, que são a maioria da frota, buscam preferencialmente as vagas não pagas ou as de estacionamento rotativo. Já os de maior valor são dirigidos aos estacionamentos pagos.
Podem os estacionamentos cobrar preços diferenciados pelo tamanho, tecnologia e valor dos automóveis? Legalmente podem.
Mas convém? Cobrar mais caro pode refletir nas preferências e decisões do mercado?
Os grandes estacionamentos resolvem a questão pelos serviços VIPs. O valor mais caro faz com que os carros mais populares não o busquem. Mas cabe a generalização?
A tecnologia avança no sentido dos carros autodirigíveis, sem o motorista. Poderão os estacionamentos se antecipar para o autoestacionamento, sem manobrista?
Será um tema próximo.
* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.
NOTA:
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.