Economistas consultados pelo Banco Central reduziram a projeção para a inflação no final de 2016, interrompendo seis semanas de alta. Eles também diminuíram a previsão para a cotação do dólar, de R$ 3,60 para R$ 3,46. A moeda norte-americana terminou o primeiro semestre com queda de 18,61%. Para o PIB, a estimativa foi melhor que na semana passada.
Veja as estimativas para 2016 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (4) pelo BC:
- PIB (Produto Interno Bruto): melhorou de -3,44% para -3,35%;
- Inflação: caiu de 7,29% para 7,27%;
- Taxa básica de juros (Selic): foi mantida em 13,25%;
- Dólar: diminuiu de R$ 3,60 para R$ 3,46.
A estimativa para a inflação continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou menos (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).
Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação caiu de 5,98% para 5,90%. Para 2017, os economistas reduziram a previsão, de 5,5% para 5,43%%.
A inflação oficial no Brasil fechou maio em 0,78%, a maior para o mês desde 2008 (0,79%), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado de 12 meses, a alta dos preços atingiu 9,32% e, no ano, acumula 4,05%.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
Fonte: UOL, em São Paulo (com Reuters), 04/07/2016