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A partir de 1º de maio, a gasolina vai ter mais álcool em sua composição: o percentual passará dos atuais 20% para 25%. O consumidor, no entanto, poderá continuar fazendo o mesmo cálculo para saber se é mais vantajoso abastecer com álcool ou com gasolina: o álcool compensa se o preço no posto for menor ou igual a 70% do valor da gasolina.
De acordo com especialistas ouvidos pela Folha, o aumento da proporção de álcool afetará minimamente o desempenho dos motores, já ajustados para essa variação.
Para saber com qual combustível vale a pena abastecer, basta multiplicar o preço da gasolina por 0,7. Se o valor for superior ao do etanol, é hora de optar pelo álcool.
"Do ponto de vista da engenharia, os carros movidos a gasolina têm uma perda de desempenho imperceptível para o motorista com a nova mistura. Já os carros flex (que rodam com os dois combustíveis) não têm perda alguma, pois o motor já é preparado para operar com 30% menos de calor gerado pelo álcool", explica o professor de engenharia da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Ricardo Bock.
Pela ótica do consumidor, portanto, não haverá nenhuma diferença no custo total de abastecimento do veículo, afirma o professor.
A assessoria de imprensa do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) corrobora a opinião do professor, afirmando que a nova composição foi pensada de forma a não causar perda de desempenho nos veículos.
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) também afirmou que a mudança não trará diferença significativa de desempenho dos motores.
Competitividade
Além da nova composição, a presidente anunciou um pacote de incentivos ao setor sucroalcooleiro para resgatar a competitividade do preço do etanol em relação à gasolina.
Além do aumento da proporção de álcool na gasolina, o pacote inclui o fim da cobrança de PIS/Cofins sobre o etanol - hoje, de R$ 0,12 por litro - e a renovação e diminuição das taxas de juros para produtores.
Entretanto, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as medidas não têm o objetivo imediato de diminuição do preço do etanol.
Fonte: Folha de S. Paulo, 25 de abril de 2013

Categoria: Geral


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