O sistema de transporte público da capital paulista já opera com deficit há pelo menos dois anos, devido à alta nos custos operacionais da rede. Por isso, a gestão do prefeito eleito João Doria (PSDB) já estuda meios de retomar a licitação dos ônibus e amenizar um pouco a situação financeira do atual modelo.
Em 2015 os custos totais da rede de ônibus da cidade chegaram a R$ 7,4 bilhões, sendo que 69% do financiamento do sistema partiram dos mais de nove milhões de usuários e outros 31% foram subsidiados pela Prefeitura. Apenas em2016 agestão Fernando Haddad já despejou mais de R$ 2,4 bilhões na rede e contará com um deficit aproximado de R$ 700 milhões até o fim de dezembro.
A licitação, além de determinar modelos de modernização da rede, prevê diminuição da margem de lucro dos empresários e um centro de controle, que em tese dará mais eficiência à rede.
Suspensos em novembro de 2015 pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) e liberados apenas em julho - com uma série de alterações a serem consideradas - os três editais da rede de ônibus contabilizam R$ 166,1 bilhões por um período de 20 anos.
Críticas
Com os custos operacionais crescendo a cada ano, os empresários do sistema reclamam de atrasos nos repasses. Na última semana, o presidente do SP Urbanuss, Francisco Christovam, emitiu sinal de descontentamento com a decisão de Doria não aumentar a tarifa dos ônibus no ano que vem e pediu mais "segurança para continuar trabalhando".
Fonte: DCI - 03/12/2016