Dia 22 foi (ou era para ter sido) Dia Mundial Sem Carro, mas, no Rio, a aderência à campanha ficou a ver... automóveis. Os estacionamentos cheios, a lentidão de sempre para ir e vir e o próprio carioca não deixam negar. “Era hoje? Eu nem sabia disso!”, disse Reinaldo Mendes, 40 anos, gerente de um estacionamento na Lapa. O Dia Sem Carro passou tão longe que, até o fim da tarde, mais de 100 veículos tinham estacionado no local.
“É o normal de todo dia. E o trânsito na Brasil tava ruim como sempre”, contou. Pela manhã, os motoristas levavam 46 minutos para cruzar a Ponte Rio-Niterói no sentido Rio. Antes mesmo das 6h, as principais vias já estavam lentas: Linha Vermelha, Avenida Brasil, Gasômetro... A Linha Amarela, por exemplo, recebeu 2 mil carros a mais na manhã do dia 22 (59 mil) do que na manhã da terça-feira passada.
“Com esses transportes vergonhosos, quem vai deixar o carro em casa?”, questionou Carlos Henriques de Oliveira, 41, funcionário de outro estacionamento do Centro. Lá, o movimento também foi normalíssimo.
Fonte: O Dia (RJ), 23 de setembro de 2015