No trecho da BR-116 que passa por São Leopoldo, 66 pessoas perderam a vida em atropelamentos e colisões em quatro anos. Uma das causas é o intenso movimento. Passam pelo local em média 100 mil veículos por dia. Outro complicador é o número de pedestres, muitos deles imprudentes. A menos de 100 metros da passarela sobre a rodovia, moradores dos arredores são flagrados se arriscando em meio aos carros.
Em todo o estado, o segundo ponto com maior número de vítimas fica na Região Metropolitana, em Sapucaia do Sul. São apenas 5 km no trecho inicial da ERS-118, mas 25 pessoas morreram no trajeto entre 2007 e 2011. Todos os dias, milhares de carros e caminhões circulam bem perto de casas que foram sendo construídas ao longo do tempo à beira da estrada.
Em vias dentro da cidade, o local mais perigoso do estado para o pedestre fica em Porto Alegre, na Avenida Bento Gonçalves, que vai da Zona Leste até o limite com Viamão, na Região Metropolitana. Em 4 anos, 50 pessoas morreram atropeladas no trajeto. Um dos pontos de maior incidência de acidentes é o cruzamento com a Avenida Aparício Borges. Atualmente, há o projeto para a construção de um viaduto no local, mas ainda sem data para o começo da obra.
Interior do estado
Um trajeto que chama a atenção no interior do estado fica na BR-386, entre Estrela e Lajeado, a chamada Estrada da Produção. O trecho urbano entre as duas cidades do Vale do Taquari é considerado o ponto mais movimentado da rodovia no estado e também um dos mais perigosos. São menos de 8 km onde circulam uma média de 20 mil veículos por dia e onde, entre 2007 e 2011, 32 pessoas morreram. O número representa quase 30% do total de vítimas em acidentes em Lajeado.
O trânsito na ERS-324, entre Marau e Passo Fundo, no Norte do RS, concentra mais de 5 mil veículos diariamente. Quase metade disso é de caminhões. A quantidade de curvas e a imprudência dos motoristas são as principais causas do elevado número de acidentes com morte no percurso. Segundo o levantamento do Detran-RS, 36 pessoas morreram entre os kms 79 e 93 da rodovia em 4 anos. O número representa quase 70% do total de mortes no trânsito de Marau.
Perigo na cidade
O que chama mais atenção nos dados divulgados pelo Detran-RS é que os pontos mais perigosos são em trechos urbanos, onde as construções aos poucos foram tomando conta da margem das rodovias.
Fonte: portal G1, 22 de julho de 2012