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A Polícia Civil deteve 14 flanelinhas no entorno do Mercado Municipal da Cantareira, no centro de São Paulo, dia 19 pela manhã. Outras quatro pessoas foram levadas para a delegacia, mas tinham registro profissional de guardadores de carro na Delegacia Regional do Trabalho e, por isso, foram liberadas. Desde 6 de maio, 438 flanelinhas já foram autuados em 24 operações organizadas pelo Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania (DPPC) da Polícia Civil. As fiscalizações começaram na vizinhança de estádios de futebol da capital durante grandes eventos. Na semana passada, o governo do Estado anunciou que levaria a operação a outros pontos da cidade. As informações são de O Estado de S. Paulo.
No dia 17, policiais do DPPC visitaram três escritórios do consulado americano: na Lapa, zona oeste, no Planalto Paulista e em Santo Amaro, na zona sul. Três flanelinhas foram detidos e também foram autuados por exercício ilegal da profissão.
A operação do dia 19 começou por volta das 8h. Policiais civis se passaram por motoristas para serem abordados pelos flanelinhas que atuam principalmente na Rua da Cantareira. Pelo menos cinco motoristas também foram ao DPPC para recuperar as chaves de seus carros.
"Como ali é área de Zona Azul, o guardador de carro tem o costume de ficar com a chave do carro para trocá-lo de lugar", diz o delegado Fernando Schmidt. "Mesmo que seja uma pessoa conhecida, não é uma prática confiável", completa Schmidt. Segundo a polícia, os flanelinhas cobravam até R$ 5 pela folha de Zona Azul e R$ 10 para olhar o carro.
Legislação
Para coibir a atuação dos flanelinhas, os policiais os levam para a delegacia e os enquadram em exercício ilegal da profissão, uma contravenção penal. Lei federal de 1975 reconhece a profissão de guardador e lavador de carro. Para receber o registro profissional no Ministério do Trabalho, o trabalhador deve ter bons antecedentes e não pode cobrar pelos serviços - ele deve apenas aceitar doações. Quem não tem o cadastro pode ser autuado pela polícia, mas não chega a ficar preso.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 20 de julho de 2012

Categoria: Geral


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