Enquanto isso, o usuário convive com buracos e mato em alguns pontos da pista já entregue em 2008, trecho que começa no final da linha vermelha - estação Corinthians-Itaquera. Em 2009, foi entregue também o outro extremo da pista, de 4 km. A parte incompleta - de 2,2 km - está no meio, entre a estação Vila Matilde e o viaduto Aricanduva. Aí, há partes já liberadas para uso que contam com inúmeros buracos.
O uso da pista é relativamente baixo. Só três ciclistas foram vistos pela Folha em visita de meia hora feita à via no dia 15 de janeiro - uma sexta, às 13h, na altura da estação Patriarca. Segundo os usuários, o público é maior nos finais de semana. Eles afirmam gostar da pista, mas apontam inconvenientes. "Já vi até caco de vidro na pista", afirmou o porteiro Nildo Francisco, que trabalha na Penha e vem pela pista desde Itaquera até onde a obra lhe permite. Percorre o último trecho do trajeto pela rua. O bancário Ananias Amorim é um dos que usam a pista por lazer. Diz que se diverte na ciclovia, mas que o problema é acessá-la. "Fico um tempão para atravessar a Radial, que é movimentada e perigosa."
Reforma em trecho atrapalhou entrega, diz Metrô
O Metrô, um dos responsáveis pelo projeto, informou, por meio de sua assessoria, que foi feita uma adaptação no trecho entre as estações Vila Matilde e Penha que possibilitou à ciclovia manter o traçado paralelo à linha 3-vermelha. Isso deu mais segurança aos usuários e foi um dos motivos que atrasaram a obra. De acordo com o órgão, as chuvas atrapalharam a entrega desse último trecho de 2,2 km da ciclovia da Radial Leste - a via tem 12,2 km.
Fonte: Folha de S. Paulo, 10 de fevereiro de 2010