Segundo dados da CET, a Paulista chegou a ter 1,8 km de filas no último dia 11, dois meses depois que a ciclofaixa foi aberta. Quatro domingos antes da inauguração, não foi registrado nenhum quilômetro de retenção na via.
Na região, o ponto mais complicado é na avenida Bernardino de Campos, quando as ciclofaixas da Paulista e da Vergueiro se encontram. Dia 25, ciclistas e motoristas chegaram a trocar ofensas em frente à Unip, onde o trânsito era ainda mais complicado por causa da prova da Fuvest.
Adaptação
O fotógrafo e adepto da ciclofaixa Daniel Assis reconhece que o trânsito piorou aos domingos, mas defende um espaço permanente para as bicicletas - e não só aos domingos e feriados.
"Na Paulista, fica trânsito mesmo. Mas se fosse um espaço permanente, o motorista iria se adaptar."
Já para Willian Cruz, responsável pelo site Vá de Bike, dizer que a ciclofaixa piorou o trânsito é injusto.
Segundo ele, a lentidão é consequência de um excesso de carros nas ruas.
Fiscalização
A CET afirma que fiscaliza as vias com ciclofaixas. De acordo com a empresa, nos fins de semana e feriados a demanda é menor, por isso o efetivo de marronzinhos é de 1.200 em três turnos - metade dos dias úteis.
A CET afirma que as ciclofaixas "incentivam o uso da bicicleta como forma de deslocamento" e que "a utilização delas por mais de 500 mil pessoas já demonstra uma convivência mais harmoniosa na relação bicicletas e demais veículos".
Fonte: Folha de S. Paulo, 26 de novembro de 2012