A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) anunciou que pedirá, em agosto, a prorrogação da cobrança da Zona Azul no Parque do Ibirapuera por mais seis meses, em caráter experimental. A idéia, porém, é que a tarifação passe a ser permanente.
A gerente de Estacionamento Rotativo da CET, Celso Buendia, disse que os quatro primeiros meses tiveram avaliação positiva da população. A Secretaria das Subprefeituras confirmou a medida.
Segundo Buendia, a CET fez pesquisa de opinião com 300 clientes do estacionamento do parque, antes e depois da tarifação, dos quais 86% disseram que o serviço melhorou após a cobrança. Ontem, a CET inaugurou 400 novas vagas em dois bolsões do parque, que passou a ter 925 vagas.
Semáforos
A Secretaria de Transportes anunciou que, em outubro de 2008, a capital terá recuperado 1.256 semáforos inteligentes. O projeto prevê a manutenção dos equipamentos por dois anos e custará R$ 162 milhões à Prefeitura.
A secretaria estima que o tempo de espera dos motoristas nos semáforos cairá 25% com a volta dos semáforos inteligentes. Há ainda três metas ambiciosas a serem atingidas: redução em 67% dos atropelamentos (372 atropelamentos/ano); redução de 18% das colisões com vítimas (223 colisões/ano); e redução de 25% na emissão de poluentes nos principais cruzamentos.
A região central será a única não contemplada. Ali, a recuperação dos semáforos será realizada quando houver a reestruturação do transporte - ainda sem data prevista -, com a criação de faixas exclusivas e a mudança de mãos.
CET passa a monitorar 845 km
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ampliou a monitoração de ruas em São Paulo, de 560 quilômetros para 845 quilômetros. Segundo o secretário municipal de Transportes, Frederico Bussinger, a maioria das vias incluídas na medição está na periferia. Além disso, desde ontem a CET passou a divulgar o congestionamento por região da cidade.
Às 19h30 de ontem, o novo sistema registrava lentidão em 14,8% dos 838 quilômetros monitorados, o equivalente a 124 quilômetros. A pior situação era na região sul, onde havia 47 km de congestionamento (um de cada três km monitorados).
"É um avanço e vai ajudar o cidadão a conhecer a realidade", disse o prefeito Gilberto Kassab. As novas informações, contidas em um site piloto da companhia, estarão disponíveis apenas para a imprensa. "Mas nossa meta é que logo esses dados sejam acessados por todos."
Na prática, os técnicos de trânsito negam que a mudança altere muito o índice de lentidão na cidade. "As vias que nós já considerávamos representam cerca de 90% do trânsito", afirmou o diretor de Operações, Adauto Martinez Filho. A CET pretende, porém, fazer um trabalho retroativo de comparação.
"Essas ruas novas já eram monitoradas, mas os dados não entravam nos cálculos. Estamos acrescentando às datas anteriores esse dados que estavam inconsistentes, para ter uma aproximação da situação que temos hoje."
O consultor de trânsito Horácio Figueira diz que a idéia de divulgar os índices de congestionamento por região ajuda o motorista a evitar congestionamentos. Mas diz que a medida precisa ser complementada com a instalação de placas eletrônicas, que dão informações mais precisas sobre ruas com tráfego lento. "As placas informam sobre as ruas congestionadas e dão a rota alternativa."
Segundo Figueira, os 845 quilômetros de vias monitoradas não são suficientes para dar a dimensão total do congestionamento da cidade. "O que é 840 em 17 mil (total das vias pavimentadas na capital)?" O consultor diz que hoje ruas da periferia apresentam altos índices de lentidão, que não são contabilizados. "Na zona norte e na zona leste há ruas e avenidas de bairros com congestionamentos."
Fontes: DCI (São Paulo), 17 de julho de 2007
O Estado de São Paulo (São Paulo),17 de julho de 2007