Enquanto muitos países estão adiantados sobre os diferentes tipos de incentivos dedicados aos veículos eletrificados, sejam eles híbridos, híbridos plug-in, 100% elétricos e os movidos a célula de combustível, o Brasil ainda está engatinhando no tema. O País lançou o Plano Nacional de Eletromobilidade em 2017, no âmbito do MDIC, Ministério da Indústria, composto por seis grupos de discussão - bastante semelhante ao plano implementado na Alemanha em 2010, que conta com a participação de 150 pessoas, entre representantes do governo, empresas, universidades, entidades e sociedade civil.
O modelo de eletromobilidade a ser seguido pelo País foi um dos assuntos da palestra Situação da Eletromobilidade no Brasil e no Mundo, apresentada por Juliano Mendes, gerente de negócios (para montadoras) da Baterias Moura, durante o Seminário de Segurança Veicular e Eletroeletrônica realizado dia 17, em São Paulo, pela AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva.
Mendes explica que o plano de eletromobilidade é responsável por encontrar a maneira adequada ao País na introdução massiva de veículos eletrificados no mercado, como forma de cumprir com as metas climáticas a partir de novos níveis de emissões de CO2 e outros gases nocivos provenientes do transporte de pessoas e cargas. Assim como outros países, o Brasil também se comprometeu a reduzir de forma escalonada suas metas de emissões. Como exemplo, cita a Europa, onde é estimada uma redução de CO2 por montadora para emissão média de 95g/km de CO2 até 2020.
Parte do que se trata no plano de Eletromobilidade no Brasil está contemplado no Rota 2030, nova política industrial a ser divulgada pelo governo e que ainda não saiu do papel.
“São Paulo é um exemplo do que pode vir a ser um modelo a ser seguido em outras capitais no Brasil, com o PL300 sancionado em janeiro deste ano e que prevê que 100% da frota seja formada por veículos limpos em até 20 anos. O plano já conta com uma meta de 38% menos de emissão de CO2 em cinco anos.”
Fonte: revista Automotive Business, 16/05/2018