O público não fica restrito a esse trecho. Do Paraíso à Consolação, bancos e centros comerciais capricham. Assim, a decoração, o clima quente e os dias de folga são um convite para o paulistano passear com a família sem gastar nada.
Em 2011, a quantidade de gente foi tão grande que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foi obrigada a interditar a Paulista nas noites de 17, 18 e 21 de dezembro.
Neste ano, a interdição ainda é incerta. A CET afirma que a medida do ano passado não é base para ações futuras e declarou que "não trabalha com hipóteses" no planejamento.
Apesar de a Praça de Natal não ter data para ser inaugurada, ela está confirmada pela SPTuris, empresa de turismo da cidade. A própria CET anunciou interdições até o dia 28 para a montagem do palco.
Fecha ou não fecha?
A interdição da Paulista para carros divide público, especialistas e autoridades.
A "medida emergencial", segundo a CET, foi para evitar atropelamentos. Mas o Ministério Público chegou a enviar notificação questionando a interdição, que viola acordo de 2007 que prevê interdições apenas na Parada Gay, São Silvestre e Réveillon.
Em nota, a Promotoria disse que chamará CET e Banco do Brasil, patrocinador da Praça de Natal nos anos anteriores, para saber quais providências serão tomadas para garantir a circulação na Paulista e a segurança de pedestres.
"Melhor interditá-la para evitar atropelamentos. É uma medida ruim, mas necessária", defende Luiz Célio Bottura, consultor de trânsito.
Para Candido Malta, professor emérito da FAU-USP, a ação "pune" motoristas e moradores da Paulista.
Fonte: Folha de S. Paulo, 18 de novembro de 2012