O centro da capital paulista tem cerca de 50 viadutos - muitos servem de abrigo para moradores de rua. O número de locais que receberá reformas ainda é incerto, pois técnicos ainda estudam as obras. A estrutura precisa ter espaço suficiente para que a empresa ou o projeto possa se instalar.
No elevado Bernardino Tranchesi, atrás do Masp, por exemplo, a prefeitura pretende instalar uma livraria e um café. No local, há uma estrutura onde vivem quatro moradores de rua. No dia 22, a Subprefeitura da Sé começou a receber as propostas para esse elevado.
O prazo termina em 3 de outubro. O viaduto Major Quedinho, na avenida Nove de Julho, será ocupado pelo projeto social Resgatando Vidas Através da Música, que dará oficinas para pessoas pobres.
As obras já começaram, segundo a prefeitura.
Custos
"Nós achamos que é possível ampliar a utilização dessas estruturas. Os baixos dos viadutos não precisam ser lugares degradados, feios, que só servem para estacionamento e moradores em situação de rua", diz o subprefeito Alcides Amazonas. A empresa ou projeto social cujo projeto for escolhido será responsável por reformar e conservar o local.
Terá também de bancar os custos. O subprefeito reconhece que tem dificuldades financeiras para tocar obras de revitalização e manutenção do mobiliário do centro. "Temos limitações orçamentárias, o dinheiro é sempre curto. Tentamos então fazer bons projetos com recursos da iniciativa privada", diz.
Fonte: Folha de S. Paulo, 24 de setembro de 2014