A operação de um sistema ultrapassado de Zona Azul tem dificultado a vida dos motoristas em Campinas e faz surgir um mercado paralelo de compra e venda de talões de papel, com valores que chegam a ultrapassar o dobro do preço oficial da hora estacionada. Com cerca de apenas 2 mil vagas disponíveis no Centro expandido e no Guanabara, ele é operado a partir da comercialização dos tíquetes, disponíveis somente em 130 pontos credenciados e localizados em seis bairros da região central.
Cada talão custa hoje R$ 3,50 e deve ser colocado em local visível no interior do veículo. Em cada trecho há um tempo determinado de permanência, que pode ser de uma, duas ou cinco horas. O sistema será modernizado pela Prefeitura e o projeto de lei que trata do assunto é alvo de uma audiência pública amanhã (28), na Câmara Municipal. O atual modelo de Zona Azul foi implantado em 1979 e não acompanhou o crescimento da frota de veículos da cidade.
O sistema oferece somente 1,9 mil pontos de estacionamento e acaba por colocar o condutor em situações desagradáveis. Se não encontra vaga, pela falta delas, pode arriscar-se e acabar sendo multado por estacionar em local proibido. Se para onde tem Zona Azul, mas não possui o cartão, o motorista também pode ser penalizado, caso seja flagrado por um agente de trânsito.
Fonte: Correio Popular (Campinas), 27 de outubro de 2015