O setor aeroportuário permanece como um dos mais afetados pela crise imposta pelo novo coronavírus, mas, aos poucos, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vai retomando as atividades. Para atender a recuperação da demanda, a concessionária BH Airport investe, constantemente, em melhorias e reativação de serviços e equipamentos no terminal.
O mais recente deles diz respeito ao estacionamento Econômico 2 (E2), que foi reclassificado em categoria superior e, agora, se chamará Premium 1 (P1). A obra já estava prevista pela concessionária, mas com a baixa no fluxo de passageiros foi antecipada e o espaço fechado para reforma e realização de melhorias. Quem explica é o gestor de Infraestrutura da BH Airport, Gustavo Anfra. Segundo ele, ao todo, o antigo E2 possui capacidade para 1.200 veículos, mas a primeira fase de intervenções contemplou a reforma e cobertura de 332 vagas sob investimentos próximos a R$ 3 milhões.
A ideia é que com a aceitação dos usuários as demais vagas também sejam gradativamente reformadas. “Todos os viajantes querem a comodidade de parar dentro do aeroporto. Reformamos esse pátio para oferecer a melhor estrutura coberta, preço on-line acessível, além da proximidade ao terminal. Estamos sempre em busca de modernizar o aeroporto para que nosso equipamento se mantenha em um patamar de excelência”, diz. As 332 vagas receberam cobertura metálica (altamente eficaz na proteção contra sol e chuva), foram criadas áreas de circulação de pedestres entre as vagas e também foram instalados sensores de presença para iluminação do ambiente para quem utiliza o espaço no período da noite. Conforme Anfra, as reservas feitas on-line estão com descontos progressivos e o cliente pode pagar preços até 45% menores. No caso das vagas oferecidas no P1, o valor da diária é R$ 60. No entanto, ao fazer a reserva on-line, o preço da diária chega a R$ 40. Para o caso de longa permanência, de quatro a sete diárias, o valor fixo é R$ 120. A partir da oitava diária, há um adicional de R$ 15 por dia.
Conforme o gestor de Infraestrutura da BH Airport, o terminal foi fortemente impactado pela segunda onda da pandemia e nos meses de fevereiro a abril a queda no fluxo de passageiros caiu a cerca de 50% na comparação com janeiro. Já em maio foi possível observar ligeira recuperação em relação a abril e a expectativa é que se mantenha um ritmo de 10% a 12% de incremento por mês até o fim deste exercício. “Mas frente ao período pré-pandemia ainda deveremos ficar cerca de 30% abaixo”, revelou.
Assim, na mesma linha de preparação para o aumento da demanda, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte começou a testar também o Embarque + Seguro 100% digital, com o uso de reconhecimento facial. O projeto do Ministério da Infraestrutura (MInfra) desenvolvido pelo Serpro, empresa de tecnologia do governo federal, tem o objetivo de tornar mais eficiente, ágil e seguro o processo de embarque nos aeroportos. A solução biométrica dispensa o uso de bilhete aéreo e de documento de identificação do cidadão. Para o CEO da BH Airport, Kleber Meira, atuar com ferramentas modernas e oferecer novas tecnologias que proporcionem mais segurança aos passageiros é um caminho sem volta.
A solução começou a ser testada em Belo Horizonte com passageiros voluntários da Azul, convidados para experimentarem a tecnologia. No momento do check-in no aeroporto, o passageiro recebe uma mensagem, no celular, solicitando autorização para o registro de uma foto. Com o consentimento, o atendente da companhia aérea realiza a validação biométrica do passageiro, comparando os dados e a foto, tirada na hora, com as bases governamentais.
Fonte: Diário do Comércio - MG - 02/06/2021
