Um ano após o início da Zona Azul Digital, que usa aplicativos de celular para o pagamento do estacionamento rotativo, motoristas ainda enfrentam falhas no sistema e flanelinhas continuam oferecendo o serviço por uma tarifa mais alta que a oficial nas ruas da cidade.
Entre os problemas relatados por motoristas estão cobranças duplicadas e multas mesmo após aquisição do cartão virtual oficial. Um dos objetivos da prefeitura ao lançar a Zona Azul Digital, ainda na gestão Fernando Haddad (PT), era coibir a ação de flanelinhas. Dia 4, no entanto, em frente ao Mercado Municipal, na região central da capital, ao menos três deles, usando coletes laranja, ofereciam a Zona Azul Digital por R$8 ahora.
O preço oficial é R$ 5. Outros cinco estavam em uma rua perto dali. No entorno da rua 25 de Março e do Mercadão, flanelinhas ofereciam o serviço digital pelo dobro do preço, R$ 10. Com máquinas da Zona Azul Digital, eles emitem na hora a permissão. E mesmo quem faz o pagamento por um dos 14 aplicativos tem queixas.
O motorista de Uber Cléber Gomes Machado, 51 anos, afirma que foi multado em abril, na região do parque Ibirapuera (zona sul), durante o período de uma hora da Zona Azul, adquirida em um aplicativo oficial. "Faltavam cinco minutos ainda para acabar o período. Fui embora tranquilo. Quinze dias depois, recebi a notificação de multa por estacionar irregularmente em vagas rotativas", conta.
O valor da infração foi de R$ 195, segundo Machado, que teve que de recorrer. "Toda essa dor de cabeça por um erro que não cometi." O comerciante Cláudio Hiroshi Toudou, 50 anos, quase foi multado, mesmo no período pago. "O meu aplicativo indicava que ainda havia 25 minutos. No da agente de trânsito, constavam 17 minutos de atraso. Foi um problema de sincronia. Ela teve bom senso e não me multou."
Fonte: Agora São Paulo - 05/07/2017