De janeiro a maio deste ano, o número de multas por descumprimento de Zona Azul, em Presidente Prudente, mais do que dobrou em comparação ao mesmo período do ano passado. Nos cinco primeiros meses de 2017, foram 3.099 autuações registradas pela Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública) contra 1.098 notificadas até maio de 2016.
Já com relação à venda de talões para o estacionamento rotativo, a gerente da CAC (Casa do Aprendiz Cidadão), Marina Zanelato Costa, informa que, no mesmo intervalo de tempo, houve um aumento de 20% na comercialização dos bilhetes, justificado pela maior rotatividade dos veículos no perímetro.
O titular da Semav, Oswaldo de Oliveira Bosquet, pondera que o salto de 2.001 multas de um período para o outro não é um número que a secretaria julga alto, tendo em vista que o total fracionado resulta em 16 infrações por dia a mais, o que é “baixo” diante da quantidade de automóveis que circula na área: uma média de 3,5 mil a 5 mil por dia. De todo modo, Bosquet salienta que a desobediência do espaço é a justificativa para o aumento das autuações.
O secretário observa ainda que a Zona Azul é uma forma de “democratizar as vagas públicas”, considerando que o quadrilátero central dispõe de 1.100 lugares, insuficientes para atender a demanda diária. Ele argumenta que se não houvesse o estacionamento rotativo muitos ocupariam uma vaga por tempo indeterminado, o que tiraria o direito de outros motoristas também utilizarem o espaço público. “Desta forma, o objetivo da fiscalização não é penalizar ninguém, até mesmo porque o cartão da Zona Azul não visa lucro, custa R$1,50 ahora. O que queremos é fazer com que esses lugares sejam ocupados pelo maior número de pessoas”, diz. E o descumprimento pode sair caro. Bosquet denota que esse tipo de infração foi alterado de leve para grave. Sendo assim, quem for autuado está exposto ao pagamento de uma multa de R$ 195,23.
Venda de bilhetes
Segundo Marina, além dos funcionários da Zona Azul espalhados pelo centro, os proprietários de veículos podem procurar um dos 61 pontos fixos para a aquisição dos talões.
Opinião popular
A reportagem esteve no centro de Prudente para saber como os proprietários de veículos avaliam o serviço prestado no município. A cabeleireira Natalia Meneghetti, 30 anos, afirma ter dificuldade para encontrar os funcionários quando estaciona em alguma via. “Geralmente, fica um em cada esquina. Eles podiam estar também no meio”, pondera. Já o autônomo Marcos Antonio dos Santos, 59 anos, diz que nunca foi autuado por irregularidade na Zona Azul, mas acredita que os atendentes poderiam ser mais bem distribuídos. “Ficam mais nas esquinas. Isso quando não tem três ou quatro no mesmo lugar. Quando não acho alguém, o jeito é procurar alguma loja que faça a venda dos bilhetes”, relata. A cuidadora Andreza Ohye, 46 anos, por sua vez, comenta que há ocasiões em que encontra fácil os funcionários, porém, há outras em que precisa procurá-los. “Muitas vezes, é questão de sorte, pois já cheguei a andar dois quarteirões para pagar a taxa”, considera.
Fonte: O Imparcial - Presidente Prudente - 02/07/2017