A Zona Azul digital, implantada em 2016 pela gestão Fernando Haddad, turbinou a arrecadação da Prefeitura de São Paulo com o estacionamento na rua. Enquanto os antigos talões rendiam, em média, R$ 850 mil por mês aos cofres públicos, a reserva de vagas por aplicativos levou a um faturamento mensal na casa dos R$ 6,5 milhões.
Desde julho do ano passado os motoristas que trafegam pela capital paulista não precisam mais procurar estabelecimentos credenciados ou vendedores ambulantes para adquirir as folhas de estacionamento. Agora, tudo é digital. Segundo a Prefeitura, além dos 1.850 pontos de venda, 14 aplicativos para celular facilitam a vida de quem para o carro na rua.
Chama a atenção, no entanto, que, apesar dos motoristas estarem adquirindo mais autorizações para o estacionamento rotativo, subiu também o número de multas a quem para em área de Zona Azul sem pagar. As infrações do tipo aumentaram 70% na comparação entre os dois primeiros meses deste ano e o mesmo período de 2016.
O secretário municipal de Transportes, Sérgio Avelleda, credita o maior número de autuações ao avanço tecnológico do sistema. “Porque a fiscalização ficou simplificada com o sistema eletrônico. Nós vamos estudar exatamente a causa para verificar se é preciso uma campanha educativa para as pessoas relembrarem a necessidade de usar a Zona Azul”, afirmou.
O que não mudou com a transição dos talões para o digital foi a atuação irregular de flanelinhas. Ao rodar pela cidade não é difícil encontrar os que continuam cobrando quanto querem por uma vaga na rua, como na região da Santa Ifigênia, no Centro. Muitos têm as máquinas oficiais para a venda de créditos, mas mesmo assim cobram mais do que deveriam.
Fonte: G1/SP, 18/05/2017