O número de mortes por atropelamento na cidade de São Paulo cresceu pelo terceiro mês seguido, se comparado ao mesmo período de 2016. Enquanto no ano passado o período de fevereiro a abril foi marcado por 86 mortes, 2017 registrou 118, um aumento de 37%. Os dados são do Infosiga, sistema que faz parte do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, do governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB).
O programa tem como objetivo cortar pela metade o número de mortes no trânsito até 2020. Quando se leva em conta somente o mês de abril, o número de mortes por atropelamento tem alta de 19%. No ano passado, 32 pessoas morreram atropeladas. Este ano registrou seis mortes a mais. No recorte que considera óbitos por todos os tipos de acidente de trânsito - atropelamentos, choques e colisões, por exemplo -, a capital paulista registrou queda de 6,1% no número de pessoas que perderam a vida entre janeiro e abril: foram 328 mortes em 2016 e 308 neste ano.
Os dois primeiros meses deste ano tiveram queda nas mortes no trânsito, tendência interrompida em março, quando houve um pequeno aumento, e retomada em abril, com uma ligeira diminuição - de 89 mortes no mês em 2016, para 87 em 2017. Em janeiro deste ano, 60 pessoas morreram após acidentes de trânsito - em 2016 foram 81. Fevereiro teve 74 mortes em 2017 e 77 no ano anterior.
Em março, houve aumento de seis mortes ante as 81 vítimas de 2016. Quando o recorte leva em conta o Estado de São Paulo, o número de mortes aponta redução de 15% em abril, se comparado ao mesmo mês do ano passado. No último mês, 451 pessoas perderam a vida no trânsito dos 645 municípios do Estado. No mesmo período de 2016, foram 532.
MOTOS
Em 25 de janeiro, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), aumentou o limite de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros (para90 km/hna pista expressa,70 km/hna pista central e60 km/hna pista local).
Após oito mortes em acidentes de moto nas marginais e uma por atropelamento, a gestão decidiu proibir a circulação desses veículos das 22h às 5h na pista central da Tietê - sua principal aposta para tentar conter a alta de acidentes com vítimas nessas vias. A proibição vale inicialmente no sentido Castelo Branco/Ayrton Senna, mas será ampliada no sentido oposto a partir do dia 27 de maio.
Apesar do aumento nos acidentes com motocicletas registrado nos meses seguintes ao aumento da velocidade nas marginais, o número de acidentes seguidos de morte com esses veículos caiu 11% na capital em comparação aos quatro primeiros meses de 2016. Foram 101 mortes até abril de 2017,12 amenos que no ano passado. Em nota, a CET diz que não irá comentar estudo feito por outro órgão e ressalta que a administração tem desenvolvido "ações para reduzir os acidentes e as mortes no trânsito da capital, sobretudo para os mais vulneráveis no trânsito, como os pedestres".
Fonte: Folha de S. Paulo - 20/05/2017