Até sexta-feira, foram vendidos 174,7 mil automóveis e comerciais leves, sendo 165,8 mil pelas montadoras - 28% menos que em igual intervalo de dezembro - e 8,8 mil pelos importadores sem fábrica, que em dezembro venderam 16,7 mil unidades.
Em relação ao mesmo período de janeiro de 2011, as vendas do mercado total aumentaram 9%. Isolando-se os negócios dos importadores e das marcas que não atuavam no País na ocasião, o desempenho foi negativo em 5%. A alta do IPI, em vigor desde 16 de dezembro, afeta modelos feitos fora do Mercosul e do México, e que também recolhem 35% de Imposto de Importação.
Em 2011, a venda de importados por empresas independentes somou 199,3 mil veículos, alta de 87,4 % em relação a 2010. Eles responderam por 5,8% das vendas de automóveis e comerciais leves, que atingiram recorde de 3,42 milhões de unidades. Juntando modelos que as montadoras trouxeram da Argentina e do México, a participação dos importados foi de 23,6%, outro recorde.
O movimento de queda acentuada neste início de ano ocorre mesmo com a decisão de várias marcas de não repassar de imediato a alta do IPI, casos da BMW, Mercedes-Benz, Land Rover, JAC Motors e Chery. A coreana Kia, maior importadora independente do País, repassou por enquanto 6% de aumento (parte pelo IPI e parte pela variação cambial). Suas vendas caíram 50% neste mês em relação a dezembro e 40% ante um ano atrás.
Segundo importadores, o consumidor está sem referência de preços e a expectativa é de que só a partir de março o cenário estará mais claro.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 25 de janeiro de 2012