Com mais de três décadas de experiência, o taxista Francisco Fonseca disse ao jornal Estado de S. Paulo que nunca chegou a transitar muito rápido nessas avenidas. "A 60 km/h nós já andávamos, porque a 70 km/h não tem como. Fico geralmente nos 40 km/h, 50 km/h."
O engenheiro de tráfego Sergio Ejzenberg, mestre em transportes pela Universidade de São Paulo (USP) e ex-funcionário da CET, explica que a redução da velocidade máxima que vem ocorrendo nas vias arteriais da cidade é "muito positiva". "O motorista passa a ter um tempo de reação maior a problemas na pista. Ele tem mais chance de realizar uma manobra evasiva eficaz. Se não for possível evitar o acidente, poderá ao menos não ser tão violento."
Sobre a reclamação de que a redução de velocidade máxima pode piorar a lentidão, Ejzenberg diz que não. "Nos horários de pico, não muda absolutamente nada, já que as velocidades desenvolvidas são geralmente menores do que a máxima."
Pontes
Além dos corredores, ainda neste mês oito pontes sobre os Rios Tietê e Pinheiros devem ter a velocidade fixada. Mudanças ocorrerão nas Pontes do Piqueri, Freguesia do Ó, Jaguaré, Presidente Jânio Quadros (Vila Maria) e Tatuapé, na Marginal do Tietê, e Jaguaré, Cidade Universitária, Cidade Jardim e Eusébio Matoso, na Pinheiros.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 15 de agosto de 2011