São elas: não dar a vez ao pedestre ao fazer uma conversão, não dar a passagem a quem está a pé numa faixa sem semáforo e não esperar a conclusão da travessia. No ano passado, houve só 1.009 dessas multas na capital inteira, média inferior a três por dia. Na última semana, só na área central, foram 1.256, média de 209 por dia. Segundo a CET, a fiscalização é crescente - houve um aumento do número de multas por desrespeito ao pedestre entre segunda (200) e sexta (500). Ela estima que haverá até 10 mil multas por mês na ação no centro.
O especialista Horácio Augusto Figueira avalia que a quantidade atual ainda é tímida, mas a redução de 64% dos atropelamentos em pontos críticos indica que a medida precisa se espalhar. Os técnicos da CET dizem que os marronzinhos estão em fase de adaptação e que a orientação é multar apenas quando há plena convicção. O número de pontos fiscalizados pulou de 78 para 91. Na cartilha distribuída aos agentes, eles são treinados a não multar se a faixa de pedestres estiver em mau estado. A CET também escreveu ser obrigatório anotar no talão uma descrição mais detalhada do fato. Isso aumenta a demora para registrar a infração, mas pode ser uma proteção contra questionamentos.
PM aplicou 469 autuações em três dias
A Polícia Militar aplicou, de quarta a sexta-feira, 469 multas por desrespeito ao pedestre na região central de São Paulo. Oficialmente, a corporação entrou na operação pró-pedestre apenas ontem, dia 15 de agosto, mas já vinha apoiando a fiscalização da CET. Foram, em média, 156 multas por dia. A CET começou a mapear pontos de conflito entre motoristas e pedestres onde a própria companhia reconhece ser difícil a fiscalização de infrações. Nesses casos, ela decidiu que instalará semáforos para ordenar a travessia. Um dos desses pontos é numa faixa de pedestres na rua Libero Badaró, na altura da Miguel Couto, no centro da cidade.
Fonte: Folha de S. Paulo, 16 de agosto de 2011