"Na correria a gente acaba esquecendo", conta o professor Henrique Cintra.
"Eles não te tratam com a atenção de quando na hora de vender o veículo. É péssimo.
Preferia vender o carro se fosse chamado em outro recall", diz o estudante Robson Ferreira.
Desde janeiro, menos de 20% dos motoristas atenderam a esses chamados, segundo o Procon.
Os defeitos mais comuns são nos freios e nos tanques de combustível. Também há chamados para falhas em cintos de segurança e para-brisas.
Desde o dia 15 de março todos os carros convocados pelas montadoras entraram na mira do Denatran. Quem foi chamado tem um ano pra fazer o conserto. Se o problema não for resolvido, no licenciamento será incluído no documento do veículo que ele não passou pelo reparo.
A medida foi proposta pelo sistema nacional de defesa do consumidor para evitar que um eventual comprador do carro seja enganado. Para o Procon de São Paulo, a indústria automobilística não faz convocações eficientes.
"As montadoras precisam potencializar essas campanhas. Um maior número de inserção nos maiores veículos e, além disso, a realização do recall em si, ela precisa ser mais fácil para o consumidor", revela Andréa Sanchez, diretora do Procon.
Um engenheiro diz que quando a montadora faz o recall é porque o problema do carro é sério. E quem não atende ao chamado assume o risco de cometer um acidente que pode envolver vítimas.
"Até um banco é importante. Porque se o banco do motorista soltar na hora que ele precisa dar uma freada ele pode ir pra trás, perder o freio ou atropelar alguém ou ter um acidente sério", diz o engenheiro Nilton Monteiro.
A Associação Nacional dos Fabricantes de veículos informou que a divulgação do recall é feita dentro dos critérios estabelecidos pela lei. E tem como objetivo uma resposta maciça dos consumidores.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo), 13 de agosto de 2011