Esses semáforos são chamados de inteligentes por terem a capacidade de programar o tempo dos sinais verde e vermelho, de acordo com o fluxo de veículos que passam pelo cruzamento. A quantidade de carros, ônibus e caminhões é detectada por lastros instalados no asfalto e informada a um computador que calcula o tempo adequado dos sinais. Com esse sistema, é possível promover "ondas verdes", com a total sincronização dos sinais de uma via. Os técnicos podem prever até 16 tempos diferentes.
No período de instalação do sistema, em 1994, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou, segundo relatórios internos, "diminuição de 19% na quantidade de colisões com vítimas e de 44% no número de atropelamentos, causando economia de 24% na espera semafórica, em relação às técnicas convencionais". Mas os benefícios, ainda segundo relatório, deixaram de ser observados quando o sistema parou de receber manutenção e começou a definhar. Nos últimos dois anos e meio, cem equipamentos voltaram a funcionar. A Secretaria Municipal de Transportes informou que o Programa de Revitalização da Rede Semafórica continua sendo implementado. Afirma ainda que todas as cinco Centrais de Tráfego de Área (CTAs) já foram revitalizadas e, no momento, está em andamento a recuperação da Rede de Transmissão de Dados e dos Laços Detectores.
Dos 74 mil cruzamentos da Capital, 5.918 são "semaforizados". E 67% são eletrônicos, comandados de forma remota, a partir das CTAs. Segundo a Assessoria de Imprensa da CET, o número de semáforos inteligentes em operação varia diariamente, dependendo de fatores como queda de rede de transmissão de dados, interrupção dos laços detectores (por alguma obra na via) e falta de energia elétrica, entre outros.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 12 de junho de 2009