Pelo quarto mês consecutivo, o setor de serviços no Estado de São Paulo gerou novas vagas celetistas. Em abril, 23.365 postos de trabalho foram gerados, resultado de 201.537 admissões e 178.172 desligamentos. Com isso, o setor encerrou o mês com um estoque ativo de 7.404.232 empregos com carteira assinada, o maior patamar desde maio de 2016 e avanço de 0,9% em relação a abril de 2017. No acumulado do ano, 102.798 empregos formais foram gerados, mais que o dobro do apurado no primeiro quadrimestre de 2017.
Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, as 12 atividades avaliadas registraram saldo positivo de empregos no mês de abril. Os destaques ficaram por conta dos segmentos de transporte e armazenagem (7.602 vagas); e serviços médicos, odontológicos e sociais (3.908 novos postos).
Em relação ao mesmo período de 2017, apenas duas atividades registraram redução no estoque de empregos celetistas: outras atividades (-1%) e administração pública, defesa e seguridade social (-0,2%). Por outro lado, os serviços médicos, odontológicos e serviços sociais (2,6%) e profissionais, científicas e técnicas (2,5%) exibiram as maiores taxas de crescimento na mesma base comparativa.
Segundo a Federação, com a geração de mais de 23 mil vagas em abril, o setor de serviços no Estado vem-se consolidando e dando continuidade ao seu processo de recuperação. A Entidade destaca ainda que os mais de 100 mil vínculos gerados no acumulado de 2018 chamam a atenção, por se aproximar dos patamares registrados no período pré-crise, ainda que no início de cada ano, o setor sofra uma sazonalidade positiva dos serviços de educação.
Além disso, tanto em abril quanto no acumulado do ano, as 12 atividades analisadas registraram saldo positivo de empregos, mostrando que o aumento da confiança dos empresários e do ambiente econômico tem-se revertido em geração de vagas formais.
Capital paulista
O setor de serviços da capital paulista criou 7,3 mil novas vagas no mês de abril. Os dois grupos de atividades que mais se destacaram foram os de serviços médicos, odontológicos e socais (1.657 vagas); e de serviços de informação e comunicação (1.354 novos postos). Os segmentos de outras atividades de serviços (-83 vagas); e de administração pública, defesa e seguridade social (-54 empregos) foram os únicos que apresentaram saldo negativo de empregos no mês.
No saldo acumulado em 12 meses são mais de 36 mil vagas criadas, o que representa um crescimento de 1% do estoque de trabalhadores em relação a abril de 2017, segundo aponta a assessoria econômica da FecomercioSP. Em termos absolutos, os destaques do período ficaram por conta das atividades administrativas e serviços complementares (8.697 vagas); e de médicos, odontológicos e serviços sociais (6.585 empregos). Entre os 12 segmentos analisados, apenas dois registraram mais desligamentos do que admissões nesse mesmo período: outras atividades de serviços (-1.865 postos formais); e administração pública, defesa e seguridade social (-314 vagas).
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços) analisa o nível de emprego do setor de serviços. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e 12 atividades: transporte e armazenagem; alojamento e alimentação; informação e comunicação; financeiras e de seguros; imobiliárias; profissionais, científicas e técnicas; administrativas e serviços complementares; administração pública, defesa e seguridade social; educação; médicos, odontológicos e serviços sociais; artes, cultura e esportes e outras atividades de serviços. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Fonte: FecomercioSP, 26/06/2018