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Serviços são essenciais para crescimento econômico da cidade

 

Por Jorge Hori* - A cidade de São Paulo, aos 467 anos, se mantém como o maior centro de negócios da América Latina, mas com duas grandes concorrentes, Bogotá e Cidade do México, no seu encalço, além de Miami. As sedes regionais das principais multinacionais que atuam na América Latina estão em São Paulo. As sedes brasileiras das multinacionais, assim como das empresas brasileiras de âmbito nacional, estão em São Paulo. A cidade concentra ainda a sede dos grandes bancos e outras instituições financeiras, além da Bolsa de Valores.
A cidade de São Paulo é - essencialmente - de serviços, embora algumas indústrias permaneçam em seu território, junto ou próximas às rodovias a que ligam ao litoral e ao interior.
Dentro do centro expandido poucas grandes fábricas permaneceram.
O emprego industrial é residual. A maior parte está no comércio, nos serviços tanto para as famílias e pessoas como para as empresas.
O seu PIB é gerado, predominantemente pelos serviços, agregando valor aos produtos importados de outras cidades ou localidades, tanto nacionais como estrangeiras. Em muitos casos, a agregação de valor pelos serviços supera o valor dos bens.
Tendência dos consumidores, a partir dos jovens, de abandonar a propriedade ou posse dos bens para usá-los quando precisam, mediante locação, promove a migração da indústria para os serviços.
A sustentação do crescimento econômico da cidade depende da continuidade da dinâmica dos serviços, o que ainda é pouco compreendido pela sociedade e pelos Governos.
As políticas de desenvolvimento ainda estão atreladas ao crescimento industrial, o que leva ao atraso da evolução econômica da cidade. Apesar de reunir o maior volume de startups instaladas no país, seria ainda pouco diante da velocidade de avanço das novas tecnologias, dentro da Revolução 4.0.
Os planos e propostas governamentais estão muito focadas na estrutura urbana, sem a devida consideração da base econômica. Não existe um planejamento econômico para a cidade de São Paulo. A sociedade e as autoridades paulistanas estão "dormindo em berço esplêndido" acreditando que a cidade continuará crescendo economicamente, sem perceber os riscos.
A falta desse planejamento pode resultar na perda da posição de maior centro de negócios da América Latina, o que levaria a uma degradação urbana de algumas áreas da cidade.
O negócio de estacionamentos pagos depende inteiramente da condição de liderança da cidade nos serviços nacionais e latino-americanos, o que significa um futuro incerto.

* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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