Equipamentos de cobrança já estão instalados e funcionando sem cobrança
A região metropolitana de São Paulo está prestes a inaugurar seu primeiro pedágio urbano. O sistema cobra de quem busca fugir do engarrafamento e já foi instalado na Via Dutra (BR-116). De acordo com a concessionária responsável, o pagamento é feito via sistema free flow e já está em fase de testes.
Como funciona
Na saída da Marginal Tietê, no sentido do Rio de Janeiro, o motorista têm duas opções para acessar a Via Dutra: pista expressa ou marginal.
Ao entrar na pista expressa, pórticos do free flow registram a placa do veículo, que será cobrado. Os valores não foram definidos, mas a concessionária reforça que a pista marginal seguirá gratuita (para moradores de Guarulhos ou não).
Ao longo da rodovia, também há pontos de mudança de pista — todos com free flow. Logo, a cobrança será proporcional ao trecho percorrido na via expressa´
A cobrança será exclusiva de quem está circulando pela região de São Paulo. No caso de motoristas que seguem para o Vale do Paraíba ou Rio, a cobrança é compensada com a gratuidade no posto de pedágio de Arujá, 38 km depois.
Motoristas de outras cidades têm 5% de desconto caso utilizem as tags de pedágio, que realizam o pagamento automaticamente.
Problemas com o MPF
No sistema free flow, motoristas que não usam tags de pedágio precisam realizar o pagamento na internet. Quem não faz isso em 30 dias fica sujeito a multa por evasão de pedágio. E é justamente isso que levou o Ministério Público Federal a entrar com uma ação civil pública pedindo mudanças no pedágio urbano.
Segundo o MPF, a multa vale para pedágios. Acontece que, na visão do órgão, o sistema da Região Metropolitana de São Paulo é, na verdade, um sistema de gestão de tráfego.
O Ministério Público disse que agiu antecipadamente para evitar um problema maior: até 5 milhões de multas anualmente, supostamente inconstitucionais. A cobrança do serviço, entretanto, seria mantida mesmo com o pedido dos procuradores acatado.
Quando começa
Ao UOL Carros, a CCR Rio-SP — concessionária do trecho — não deu data para que as cobranças do "pedágio urbano" comecem. O prazo dado anteriormente é de funcionamento ainda em 2025.
A empresa, entretanto, reforçou o pedido de que os usuários pesquisem, com antecedência, as formas de pagamento do sistema, evitando inadimplência. Também foi criado um site para esclarecer as dúvidas mais comuns.
Sobre a ação do MPF, a CCR Rio-SP disse que não foi notificada e que, caso seja, tomará as medidas cabíveis.
"A implantação do Free Flow na Região Metropolitana de São Paulo está prevista no contrato de concessão da rodovia. O sistema está em conformidade com a legislação vigente", completou o comunicado.
UOL, 14/10/2025