O motorista até queria parar no estacionamento do terminal rodoviário, mas quando viu o preço - R$ 9 a hora - resolveu dar marcha a ré.
Em São Paulo, todo mundo diz a mesma coisa: ?Não tem vaga de estacionamento em São Paulo?, afirma um motorista.
?O estacionamento é caro?, reclama outro.
São Paulo só perde para Madri em falta de espaços para estacionar entre as seis capitais do mundo analisadas por uma consultoria. Em média, são 132 carros disputando cem vagas. Em Madri, são 143 veículos para cada cem vagas.
Com poucas opções para parar o carro na rua, resta ao paulistano pagar para usar estacionamentos. Segundo a pesquisa, o valor mínimo é de R$ 7 por hora.
Quanto mais alto o valor do metro quadrado na região, mais caro é o estacionamento. Isso porque grande parte do custo do estacionamento vem do aluguel.
No Itaim Bibi, onde o metro quadrado chega até R$ 10 mil, para parar o carro durante uma hora se paga em média R$ 12. ?Estou pagando agora R$ 36 para quase três horas?, conta o microempresário Tony Dacala.
No Rio, o bairro mais caro é Copacabana, onde o valor médio é de R$ 19 a hora. E olha que se paga bem mais caro lá fora. Enquanto a diária em São Paulo é de R$ 30, cerca de US$ 13, em Londres, por exemplo, paga-se US$ 64 por um dia de estacionamento.
Cada estacionamento cobra quanto quiser, mas as responsabilidades são as mesmas para todos, segundo o Procon. Se houver qualquer dano ao veículo ou se algo deixado dentro do carro for furtado, o estacionamento tem que pagar.
?O ideal é que o consumidor não deixe nenhum objeto de valor dentro do carro, mas numa eventualidade não há necessidade de ele informar os bens ao estacionamento. Ainda que o estacionamento não tenha seguro, ele responde por qualquer dano causado ao consumidor?, explica Marcio Marcucci, diretor de fiscalização do Procon.
Fonte: Bom dia Brasil (Rede Globo), 15 de janeiro de 2014