
Dotado de um sistema que foi batizado de H2GO (um trocadilho com o símbolo químico do hidrogênio e a expressão "hidrogênio para rodar"), desenvolvido pela empresa Hydrorunner, o Scorpion não armazena hidrogênio. Ele o produz quebrando moléculas de água por eletrólise. O tanque no carro, de 11,3 l, permite rodar até 1.600 km sem a necessidade de "reabastecer". E o que é feito desse hidrogênio? Ele é queimado junto com a gasolina, em uma proporção de até 50% do gás. Nos planos da Ronn Motor Company, que fabrica o Scorpion, está ainda uma versão flexível em combustível do carro, que será capaz de usar gasolina ou etanol. A proporção máxima da mistura entre os dois combustíveis não foi mencionada, mas é possível que fique em no máximo 85% de etanol, para evitar os problemas de partida a frio, a não ser que o hidrogênio possa ajudar nisso. A economia de combustível vem daí.
No que se refere ao desempenho, ele se deve principalmente ao baixo peso do Scorpion, de 950 kg, obtido com a carroceria em fibra de carbono e o chassi de cromo-molibdênio. O motor não é nada extraordinário, ao contrário. Com esse desempenho, ele poderia parecer maior do que o V6 de 3,5 litros da Acura, braço de luxo da Honda, que o equipa. É o mesmo motor usado pelo modelo TL TypeS. No Scorpion, ele gera 293 cv e custa US$ 150 mil, nos Estados Unidos. Daria mais de R$ 300 mil no Brasil, se ele viesse sem impostos. A versão mais forte do Scorpion, a HX, conta com a ajuda de turbos gêmeos (um para cada bancada de três cilindros), para chegar aos 456 cv. O preço, com isso, fica US$ 100 mil mais alto.
As vendas começam no ano que vem, com apenas 200 exemplares produzidos no primeiro ano (do HX, estima-se cerca de 50 unidades).
Fonte: site WebMotors, novembro de 2008