Num painel de cristal líquido, o passageiro confirma que todas as pessoas saíram do carro e que a bagagem foi removida dele. Desse momento em diante, o veículo fica aos cuidados de Ray, o robô manobrista.
Ray mede o carro para determinar a vaga adequada a ele. Depois, levanta-o usando lâminas parecidas com as de uma empilhadeira. A máquina transporta o veículo até uma das 249 vagas reservadas aos robôs manobristas, que podem erguer até 3,3 toneladas.
Se o passageiro informou seu itinerário de viagem, ele vai encontrar o carro esperando por ele ao retornar. O robô é acionado quando o avião chega ao aeroporto e traz o carro para uma área onde o dono pode retirá-lo.
Um aplicativo móvel, disponível para iPhone e Android, permite que a pessoa informe alterações no itinerário. Cada hora nesse estacionamento robotizado custa 4 euros (cerca de 12 reais). Um dia inteiro sai por 29 euros (88 reais).
Ray é fabricado pela empresa alemã Serva Transport Systems. A empresa diz que o sistema é conveniente principalmente para viajantes de negócios, que fazem viagens curtas e estão sempre com pressa. Mas espera fornecê-lo também para shopping centers e outros locais.
Como não é preciso deixar espaço para manobra, os carros ficam muito próximos um do outro. Segundo a Serva, os robôs permitem estacionar até 60% mais veículos no mesmo espaço, em comparação com o sistema convencional.
Fonte: revista Exame, 3 de julho de 2014