Com a nítida falta de respeito de parte dos motoristas e o incentivo de ação na capital, as prefeituras de Santo André e São Bernardo dizem que realizam estudos para começarem a fiscalizar o uso ilegal de vagas prioritárias, como para idosos e deficientes, em estacionamentos privados, como em shoppings e supermercados.
No entanto, ainda não há previsão para que a medida seja implementada em uma das duas cidades. São Caetano apenas informou que no município não há normas do tipo, mas que acompanha uma discussão já existente no Consórcio Intermunicipal do ABC visando um modelo único de legislação para a fiscalização nas áreas privadas. No entanto, a entidade regional não confirma a informação.
“Este tema não foi apresentado como demanda à entidade regional. Pelo que levantamos, o assunto também não foi pautado ainda na câmara temática que trata do transporte de pessoas criada pelo Conselho de Desenvolvimento Metropolitano de São Paulo, que reúne os 39 municípios da Grande São Paulo”, diz nota do Consórcio. Enquanto o poder público da região não começa a fiscalização das vagas prioritárias, muitos motoristas não respeitam o espaço reservado para idosos e deficientes.
A reportagem esteve na semana passada em dois shoppings e três supermercados de Santo André e São Bernardo e flagrou várias infrações. Entre elas, havia uso de vagas de deficientes por pessoas sem problemas físicos aparentes, carrinhos de compras ocupando espaço de um local prioritário e veículos parados em pontos exclusivos sem o cartão que permite o estacionamento.
Em São Paulo, a prefeitura fiscaliza o uso correto das vagas prioritárias em áreas privadas desde o dia 1º deste mês.
Em 12 dias da ação, foram aplicadas 241 multas - média de 20 por dia. Também houve aumento de 333%, de 300 para 1,3 mil por dia, na procura por cartões de estacionamento entre idosos e pessoas com deficiência. Segundo resoluções do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), os estabelecimentos, tanto públicos quanto privados, devem destinar 5% das vagas existentes para os idosos e 2% para as pessoas com deficiência.
Fonte: Jornal Metro - ABC - 26/09/2017