"A previsão é que o IPI seja colocado na alíquota cheia [a partir de julho]. Qualquer mudança de entendimento de cenário, qualquer postergação que ocorra, a receita que será arrecadada poderá ser revista. Até o momento, a gente trabalha com o IPI cheio [a partir de julho]", disse o secretário da Receita a jornalistas.
Pela programação do governo, anunciada no início do ano, a alíquota do IPI para os carros populares (1.0) permanece em 3% até 30 de junho, quando o governo então vai avaliar se haverá um novo aumento, para 7% ? alíquota que vigorava antes de a equipe econômica determinar a redução do IPI, no início de 2012.
Para carros com motor entre 1.0 e 2.0 flex, a alíquota do IPI subiu de 7% até o fim do ano passado para 9% no início de 2014, e pode retornar ao patamar de 11% em julho, dependendo da análise do governo. Já para os veículos com o mesmo motor, mas movidos apenas a gasolina, a alíquota subiu de 8% para 10% em janeiro e pode avançar para 13% em julho.
Veículos utilitários também tiveram alta no IPI, que passou de 2% ? que vigoravam até o fim de 2013 ? para 3% em 1° de janeiro. A partir de julho, o imposto para essa categoria pode subir para 8%. No caso dos utilitários usados para transporte de carga, a variação foi dos mesmos 3% no início do ano e, em julho, se houver alta, o IPI pode avançar para 4%.
O governo mexeu no IPI dos veículos em maio de 2012, quando as montadoras estavam com estoques acima da média. O objetivo foi estimular as vendas e evitar demissões. Inicialmente, o imposto foi zerado para carros 1.0, e as alíquotas dos demais foi reduzida. O desconto no IPI fez a indústria automobilística bater recordes nos meses seguintes. Em janeiro de 2013, o imposto começou a ser recomposto.
Fonte: G1, 26 de maio de 2014