Foi superada a barreira dos 2 milhões de unidades, com 2,12 milhões de emplacamentos de leves nos oito primeiros meses de 2014. Contudo, o resultado aprofundou ainda mais o declínio do mercado brasileiro, que saltou de 8,5% nos sete meses terminados em julho para 9,5% agora, comparando-se com idêntico período do ano passado (2,6 milhões de janeiro a agosto de 2013).
O tombo de agosto em relação ao mês anterior já era esperado, pois o mês tem 21 dias úteis, contra 23 em julho, que foi melhor mesmo com os jogos da Copa do Mundo nas duas primeiras semanas e o feriado de 9 de julho no Estado de São Paulo, o maior mercado do País. Na média diária de emplacamentos houve até um leve crescimento, de 1,4%, de 12.165 para 12.338 lacrações de veículos leves por dia útil. Ainda assim, o avanço é tímido para prenunciar qualquer movimento de recuperação das vendas.
Espera-se por algum avanço nas vendas, em ritmo ainda incerto, a partir deste mês, quando as medidas de redução dos depósitos compulsórios anunciadas pelo Banco Central no fim de agosto devem começar a irrigar o mercado de crédito. A expectativa é de que, entre deixar seu dinheiro parado e sem remuneração ou emprestar mais, os bancos escolham a segunda opção e sejam menos restritivos do que vinham sendo na aprovação de contratos de financiamento de veículos.
Fonte: revista Automotive Business, 8 de setembro de 2014