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A cidade de São Paulo ganhou dia 2 seus 20 primeiros ônibus com ar-condicionado. Parte dos veículos também tem Wi-Fi grátis e todos estão equipados com câmeras de vigilância e um novo validador, capaz de detectar fraudes no uso do Bilhete Único. Apesar dos modelos e de uma remessa de mais veículos novos para os próximos dias, a frota está cada vez mais velha e é a mais antiga dos últimos nove anos. Em média, os coletivos das empresas contratadas para o serviço têm 5 anos e 10 meses, a maior idade desde 2006, quando o patamar era de 5 anos e 11 meses.
Pelo contrato, o limite de uso da frota é de 10 anos, mas em agosto ainda circulavam na capital ao menos 390 veículos fabricados em 2003. No caso dos veículos operados pelas cooperativas responsáveis pelas permissões de ônibus menores em percursos de bairro, a idade média é um pouco menor, de 4 anos.
Ainda assim, esse é o índice mais elevado em cinco anos: em 2009, esses coletivos eram cerca de um mês mais velhos do que hoje. Um das explicações é o adiamento, por parte da Prefeitura, da licitação que organizará o sistema de ônibus da São Paulo Transporte (SPTrans) para os próximos anos.
O prazo máximo da análise é outubro. Só depois a SPTrans lançará o edital para reestruturar os coletivos. Até lá, o serviço é mantido por meio de contratos emergenciais com empresas e cooperativas da licitação antiga, que rodam os quase 15 mil ônibus da cidade.
Para o urbanista e especialista em Transportes Flamínio Fichmann, ônibus mais velhos do que o permitido pelo contrato podem pôr os passageiros em risco. Contratualmente, não poderia acontecer.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 3 de setembro de 2014

Categoria: Geral


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