Pelo contrato, o limite de uso da frota é de 10 anos, mas em agosto ainda circulavam na capital ao menos 390 veículos fabricados em 2003. No caso dos veículos operados pelas cooperativas responsáveis pelas permissões de ônibus menores em percursos de bairro, a idade média é um pouco menor, de 4 anos.
Ainda assim, esse é o índice mais elevado em cinco anos: em 2009, esses coletivos eram cerca de um mês mais velhos do que hoje. Um das explicações é o adiamento, por parte da Prefeitura, da licitação que organizará o sistema de ônibus da São Paulo Transporte (SPTrans) para os próximos anos.
O prazo máximo da análise é outubro. Só depois a SPTrans lançará o edital para reestruturar os coletivos. Até lá, o serviço é mantido por meio de contratos emergenciais com empresas e cooperativas da licitação antiga, que rodam os quase 15 mil ônibus da cidade.
Para o urbanista e especialista em Transportes Flamínio Fichmann, ônibus mais velhos do que o permitido pelo contrato podem pôr os passageiros em risco. Contratualmente, não poderia acontecer.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 3 de setembro de 2014