A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) vinha divulgando apenas que o projeto estava em estudo. A ideia da companhia é alargar o canteiro central para criar faixas exclusivas para bicicletas nos dois sentidos de circulação. Assim, a quantidade de faixas de carros (três por sentido) e de ônibus (uma) não seria alterada. Atualmente, a faixa de tráfego junto ao canteiro central, nos dois sentidos, é transformada em ciclofaixa de lazer aos domingos, das 7h às 16h.
Os defensores da bicicleta como meio de transporte, porém, reivindicavam há anos uma ciclovia - separação fixa de parte da via - no local. Eles dizem que a Paulista, por ser mais plana, é o melhor caminho para bicicletas. Antes do projeto da gestão Fernando Haddad de implantar 400 km de ciclovias até 2015, a CET defendia que os ciclistas utilizassem vias paralelas à Paulista, onde o tráfego de veículos é menor.
A via já foi palco de graves acidentes. No ano passado, um jovem perdeu um braço ao ser atropelado quando pedalava. As ciclistas Juliana Dias e Márcia Prado foram mortas em colisões em 2012 e 2009, respectivamente.
As bicicletas são a nova bandeira da gestão Haddad. Desde junho, quando a meta da prefeitura foi ampliada, já foram criados 44,9 km de ciclovias na cidade.
Fonte: Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 2014