No lugar da proibição das mídias externas por conta da Lei 14.223/06, a Cidade Limpa, uma proposta de permissão e que dividiria a cidade em quatro regiões para a exploração da publicidade exterior.
Em linhas gerais, essa será a idéia, para um projeto de lei, do Sindicato das Empresas de Mídia Exterior (Sepex) que será apresentada ao prefeito Gilberto Kassab e aos vereadores ainda no primeiro semestre.
A proposta está em fase de conclusão, mas alguns pontos foram apresentados ontem durante o Fórum Multisetorial sobre Mídia Exterior e Sinalização Comercial no Museu de Arte Moderna (MAM), no Parque do Ibirapuera, zona sul.
O prefeito Gilberto Kassab foi convidado, mas não compareceu. Estiveram presentes ao a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), representada pelo vice-presidente Roberto Mateus Ordine, e a Associação Brasileira de Anunciantes entre outras.
Segundo o presidente interino do Sepex, Luiz Roberto Valente Filho, a proposta deverá diminuir o número de peças publicitárias da Capital de 15 para 10 mil. "A idéia é dividir a cidade em quatro níveis. O primeiro, compreenderia o Centro histórico, onde a publicidade seria totalmente proibida. O segundo, seria no chamado centro expandido e teria o traçado semelhante ao adotado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) no rodízio de veículos", explicou Valente Filho.
O centro expandido é delimitado pelas marginais, avenidas dos Bandeirantes, complexo viário Maria Maluf, avenidas Tancredo Neves e Juntas Provisórias, viaduto Grande São Paulo e avenidas Professor Luís Inácio de Anhaia Melo e Salim Farah Maluf.
Nesse caso, os limites da publicidade se estenderiam até o Morumbi. O terceiro nível englobaria as periferias e o quarto, as marginais e a parte urbana das rodovias.
As três regiões que teriam autorização para a mídia obedeceriam tamanhos padrões: o outdoor teria 27m², os backlights e frontlights não ultrapassariam 40m², o painel televiso teria 45m² e as empenas cegas até 140m². "A questão das mídias nos topos dos prédios ainda será discutida", explicou Valente Filho.
Fonte: Diário do Comércio (São Paulo), 20 de março de 2007