Parking News

Quem tem carro sabe que nem sempre é seguro deixá-lo na rua. Se nas áreas não-autorizadas existe o risco de multa e reboque, nos locais permitidos é preciso comprar (e mudar) o talão Faixazul, reservando algum para a gorjeta do flanelinha, sem garantia de segurança.

Graças a isso, é cada vez maior oportunidade de negócios para quem investe na construção e administração de garagens fechadas.

Uma história de sucesso nesse segmento é narrada por João Diniz, diretor da Garagem São José, que funciona num edifício na esquina das ruas Tupis e Espírito Santo, no Centro de Belo Horizonte.

O estacionamento existe há 43 anos e um de seus diferenciais é o elevador de veículos, que funciona desde a inauguração do prédio com equipamentos originais. O empreendimento já foi destaque na América Latina, sendo considerado um dos maiores do país, oferecendo quase 600 vagas em 30 andares exclusivos.

Segundo João Diniz, trata-se de um dos estacionamentos mecanizados mais antigos do Brasil e as vagas são alugadas por hora, dia ou mês. "Para nós, não tem período ruim nem bom. O funcionamento é constante", garante o diretor, que emprega hoje 26 pessoas. Um dos motivos do sucesso desse empreendimento é que uma boa parte dos edifícios do Centro não tem garagem própria.

Outro investimento bem-sucedido nesse ramos de negócio é a Auto Park Estacionamentos,empresa que administra mais de 60 garagens em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina. Os resultados são tão promissores que os donos acabam de construir um edifício-garagem em Curitiba, com orçamento superior a R$ 10 milhões.

"A frota nacional tem aumentado anualmente", comemora o sócio-proprietário da empresa, Rogério Lima. No entanto, mesmo otimista, ele avisa aos futuros empreendedores do segmento que a vizinhança conta muito, assim como a segurança e a qualidade dos serviços.

Tradição sobrevive ao tempo

Inaugurada há 43 anos, garagem disponibiliza cerca de 600 vagas em edifícios de 30 andares

A aposta na fidelização dos usuários é uma das razões pelas quais a Garagem São José mantém, há 43 anos, em funcionamento na esquina das ruas de Belo Horizonte.

Um dos mais antigos da cidade, o empreendimento já foi destaque na América Latina devido às dimensões e ainda é um dos maiores do Brasil, com cerca de 600 vagas distribuídas em 30 andares.

Por ali passaram pessoas de referência no estado, como o ex-governados Hélio Garcia. "Ainda temos empresários e profissionais liberais de grandes empresas entre nossos clientes", afirma o diretor João Diniz.

Outro destaque é o elevador para transportar os veículos, uma inovação para a década de 60. "É um dos estacionamentos mecanizados mais antigos e ainda operamos com os equipamentos originais, que foram conservados e estão em perfeito estado de funcionamento", garante.

Diferentemente de outros locais, as vagas não são alugadas por hora, dia ou mês. Segundo João, são vendidas cotas para os interessados, que passam também a fazer parte do empreendimento. Os valores não são previamente informados. Há uma negociação baseada na procura e na existência de vagas.

O diretor não revela o faturamento, mas destaca que o negócio, ao longo de sua existência, não deu prejuízo. "Para nós, não tem período ruim nem bom. O funcionamento é constante", ressalta. Ele está à frente do negócio há 15 anos e sucedeu ao pai, João Diniz, um dos fundadores do empreendimento, juntamente com Lauro Pentagna Guimarães, ambos falecidos.

De acordo com o gerente Célio Pereira, entre os diferenciais estão o seguro de veículos e o fato de o estacionamento funcionar durante 24 horas todos os dias, inclusive domingos e feriados. A clientela é formada por profissionais que trabalham no hipermercado e moradores da região.

Visão profissional

O engenheiro Ênio Dutra trabalhou por 14 anos no ramo da construção civil e hoje é gerente comercial da Masterpark, empresa criada há 18 anos, responsável pela administração de vários estabelecimentos no Centro e em bairros de BH, empregando cerca de 100 pessoas.

A empresa cobra preços que variam a partir de R$ 3,50, chegando ao máximo de R$5,80 a hora. A mensalidade vai de R$90 a R$ 170 por vaga/mês. "O preço depende da localização do estacionamento e do tempo de uso da vaga.

Há endereços que têm custos mais caros. Por isso o preço é um pouco maior", justifica Ênio.
Ele explica que o preço dos serviços de estacionamento tem que acompanhar a elevação de preços dos imóveis, para cobrir os custos com aluguel/participação, despesas, seguro e impostos.

Caso contrário, as áreas hoje destinadas a garagens serão ocupadas por outras atividades.
Ênio afirma que o mercado está bom e que a Masterpark se coloca à disposição dos proprietários de imóveis ociosos, que desejam fazer algum tipo de parceria. "A empresa pode administrar o imóvel, transformando-o em estacionamento rentável, proporcionando uma boa renda ao proprietário", ressalta.

A margem de lucro sobre o faturamento nesse ramo gira em torno de 10% e ele salienta que o negócio é bom. "Belo Horizonte tem hoje cerca de 1 milhão de veículos e esse número tende a aumentar", afirma, dizendo que a Masterpark tem planos de ampliar seus negócios aos poucos.

"É preciso crescer com os pés no chão", ensina. Para entrar no ramo, ele calcula que o empreendedor terá que investir um capital de aproximadamente R$ 150 mil e arcar com as despesas operacionais.

De olho no crescimento
Iniciada há 18 anos, rede de estacionamentos aposta na potencialidade de outras praças

A retomada de um imóvel no Centro de Belo Horizonte, há 18 anos, fez surgir uma empresa que se tornaria bem sucedida. Assim teve início a auto Park Estacionamentos, que hoje administra mais de 60 espaços em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina e acaba de construir um edifício-garagem em Curitiba, orçado em mais de R$10 milhões.

O sócio-proprietário Rogério Lima afirma ter percebido que haveria crescimento da demanda por estacionamentos quando resolveu investir no segmento.

"A frota nacional tem aumentado anualmente. O bom desempenho da construção civil nos últimos anos também impacta positivamente o nosso segmento de negócio. Depois que montei o primeiro estacionamento, percebi que era um ramo carente de profissionalização. Passei a apostar nisso,aliando boa estrutura, comodidade e segurança", revela.

Segundo ele, o mercado é muito pulverizado, concorrido e com muitas variáveis. "Um estacionamento na rua Rio de Janeiro, perto do Shopping Cidade, tem um caráter completamente diferente de outro na mesma região.

A vizinhança conta muito, assim como o tamanho do estacionamento. Alguns,pelo movimento, são mais rentáveis sem cobrar mensalistas. Já em outros casos, essa estratégia pode ser mais interessante. Esses fatores, assim como o número de concorrentes na região, determinam o preço", diz Rogério.

O empresário alega existir a falsa idéia de que o estacionamento representa lucro certo. Ele alerta que não é bem assim, pois é preciso calcular o capital parado num terreno ou o valor do aluguel."

As pessoas imaginam que basta abrir um portão num lote, passar cimento no chão e pronto. Mas não é bem assim. Os estacionamentos são visados por assaltantes especializados, que sabem que sabem que o carro que querem está lá, com a chave ao seu alcance. Por isso fazemos um seguro que cobre veículos de até R$800 mil.

Existem concorrentes que fazem seguro mais barato, mas que só cobre veículos de até R$ 50 mil, alerta.
As peculiaridades do segmento também fazem o valor do investimento variar. Depende da localidade e do tamanho do terreno. Rogério não aconselha estacionamentos com menos de 1 mil metros quadrados.

"Um terreno nessa dimensão custaria R$ 2 milhões no Centro de BH. Por aí pode-se ter uma idéia do investimento necessário. Uma boa referência é o preço do metro quadrado do local. É preciso também pelo menos três funcionários para atuar no local", recomenda. Até o final de 2008 sua meta é chegar a 80 garagens.

Negócio em família tem bom retorno

Com o objetivo de reativar um edifício de propriedade da família e evitar ocupações ilegais do terreno, Maria de Fátima Sant Anna, Neuza Gomes Alvim e Adriane Martins da Costa Sant Anna inauguraram há três anos o estacionamento SantAnna e Alvim, próximo da Praça da Estação.

"A idéia surgiu da necessidade de aproveitar o imóvel, que estava desativado numa área até então degradada", lembra Maria de Fátima. "Concluímos que a melhor opção para reativar o prédio seria montar um estacionamento no espaço inferior".

O espaço tem vagas para 22 veículos e, apesar de considerar a área de pequeno porte, Maria de Fátima garante que o empreendimento resultou num bom negócio.

"Como já tínhamos a área, o investimento valeu a pena", garante. "Se fosse para alugar o imóvel e montar um estacionamento com apenas esse número de vagas, o negócio não seria viável. O ideal é que haja capacidade para pelo menos, 50 veículos, para gerar um rendimento satisfatório".

O funcionamento é diário e, quando há eventos na serraria Souza Pinto ou imediações, Maria de Fátima abre o estacionamento também à noite. "Há vários espaços próximos com a mesma finalidade e o movimento aumenta em função dos eventos".

De acordo com ela, a revitalização da região central foi benéfica para os negócios. "Com a restauração da Praça da Estação, o movimento ficou melhor, sobretudo devido ao aumento da segurança."

A cobrança pelo uso das vagas é feita por hora, diária ou mensal."Cobramos R$4 por hora e R$ 17 pela diária. O preço mensal varia conforme o uso do cliente, que pode manter o veículo durante o dia todo ou por meio expediente", informa a empreendedora, que trabalha com um empregado diariamente.

"Devido à estrutura, não é viável que o proprietário fique por conta apenas da administração. Nesse ramo de negócio, temos que tomar a frente", ressalta.

Endereço privilegiado na região hospitalar traz resultados
Sócios investem na expansão do negócio

A paixão por carros foi o principal motivo que levou os sócios José Luiz Bethônico Cardoso e Ronaldo Ferreira de Toledo a abrirem a Original Veículos, em 1980.

No início, eles investiam na compra, venda e consignação de automóveis. Aos poucos a marca foi ficando conhecida no mercado e começou a oferecer outros serviços.


Com um espaço físico de sobra na loja, de 1,2 mil metros quadrados e localização privilegiada na região hospitalar de Belo Horizonte, a empresa abriu, em 1986, um estacionamento comercial. "A localização é excelente, perto da Santa Casa, atrás do Hospital São Lycas. Trata-se de uma área movimentada, laboratórios e farmácias", explica o gerente Elison Rodrigues dos Santos.

Com capacidade para 50 automóveis, o estacionamento recebe a média de 70 veículos por dia, que ficam parados por cerca de duas horas cada um. As taxas são cobradas por hora, diária ou pernoite. "A maior procura é por hora. O público é bem variado, de pacientes dos consultórios, médicos e até prestadores de serviço que vêm trabalhar na região", garante Elison.

Além das vagas, o estacionamento da Original Veículos oferece outras facilidades aos donos de automóveis como lava-jato, balanceamento, troca de óleo e pintura de pára-choque. "Como a empresa prestava esses serviços para os carros que seriam vendidos, já tínhamos o khow-how no ramo. Decidimos então expandir o trabalho para os clientes do estacionamento", afirma Elison. São sete pessoas trabalhando no estacionamento, que funciona das 6h às 20h.

De acordo com o empresário, o aluguel das vagas é um investimento de bom retorno. "Apenas o gasto inicial é grande, com a compra e preparo do local. O resto são os custos com mão-de-obra", ressalta.

Ele afirma que, para o ramo, 80% do potencial do negócio se deve ao ponto. Esse, para ele, é o principal diferencial da Original Veículos, que concorre com, no mínimo, outros 10 estacionamentos nos mesmos quarteirões da área hospitalar de BH. Para parar o carro os clientes pagam R$ 4 a hora e R$ 30 a diária.

Fonte: Estado de Minas (Minas Gerais), 22 de julho de 2007

 

Categoria: Geral


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