O acidente não só reabriu o debate em torno da falta de espaço para ciclistas nas ruas, mas também deu margem às críticas de moradores à decisão da prefeitura de colocar o ponto de fretados ali.
Desde julho de 2009, quando o prefeito Gilberto Kassab restringiu o tráfego de fretados no centro expandido, o viaduto, onde fica a estação Sumaré do metrô, virou ponto de embarque e desembarque dos coletivos que levam e buscam funcionários de empresas da capital para o Interior. A rota era antes pela av. Paulista.
Os veículos deixam ou pegam passageiros sobre o viaduto e entram na rua Galeno de Almeida para acessar a avenida Paulo 6º. Foi esse o trajeto feito pelo fretado que atingiu o ciclista.
Circulam na capital cerca de 4 mil fretados por dia.
O diretor executivo do sindicato das empresas de fretados (Transfretur), Jorge dos Santos, disse que foram pedidas mudanças nos pontos de parada de coletivos, em comissão formada por passageiros, sindicato e prefeitura. Os pedidos estão sendo analisados pela prefeitura.
"Aquele ponto (no viaduto Dr. João Tranchesi) é ruim mesmo", disse. Segundo ele, a definição dos pontos de parada dos fretados foi feita no "atropelo". "Naquela ocasião (2009), vários pontos de embarque e desembarque foram definidos sem nenhuma condição", afirmou o diretor.
Fonte: Folha de S. Paulo, 27 de junho de 2011