Parking News

Imagine-se voltando da viagem do feriado prolongado de Corpus Christi: trânsito congestionado, cansaço e sonolência. Você aperta um botão e o piloto automático assume a direção durante parte do trajeto. A cena, hoje futurística, será real num período de seis a dez anos, quando tecnologias similares àquelas adotadas pela aviação vão estar disponíveis nos automóveis. Protótipos de sete veículos automatizados com diferentes funcionalidades foram testados na semana passada na cidade sueca de Boras, vizinha a Gotemburgo. Um consórcio formado por 17 montadoras, fabricantes de autopeças, centros de pesquisas e universidades, com patrocínio da União Europeia, passou três anos e meio trabalhando num projeto para tornar a mobilidade veicular mais segura.
Ao todo, foram investidos 28 milhões de euros no projeto que envolveu quatro automóveis, dois caminhões e um ônibus.
Segundo O Estado de S. Paulo, entre as principais conclusões está a de que a máquina comete menos erros que o ser humano. Segundo pesquisas, 90% dos acidentes de trânsito ocorrem por erro do motorista, 30% pelas condições das estradas e 10% por problemas nos veículos. Alguns índices se sobrepõem.
Diante do desafio, o consórcio denominado HAVEit (sigla em inglês para Highly Automated Vehicles for Intelligent Transport ou Veículos Altamente Automatizados para Transporte Inteligente) criou novas tecnologias e juntou-as a outras já existentes para tornar o automóvel mais seguro e mais confortável e, com isso, reduzir o índice de mais de 1,2 milhão de mortes por ano em acidentes de trânsito no mundo. Também foram desenvolvidos sistemas para reduzir emissão de poluentes.
O sistema apresentado pela Volkswagen permite acionar o piloto automático temporariamente em situações de congestionamentos em estradas ou longas distâncias em linha reta, quando o dirigir torna-se monótono.
O motorista tem três opções. Um é acionar um sistema de assistência que informa a distância dos carros da frente e obstáculos e avisa se o motorista ultrapassou a faixa de segurança da pista. Outro é semiautomático, em que o condutor controla o volante, mas não usa os pés para frear ou acelerar o carro. O terceiro é o sistema altamente automático, em que ele tira as mãos do volante e o carro segue o trajeto numa velocidade de até 130 km por hora.
Responsabilidade
"Não é um carro robotizado, o motorista mantém responsabilidade de condução e está sempre no controle", adverte Jürgen Leohold, diretor executivo do grupo de desenvolvimento da Volkswagen. Ou seja, o sistema ainda não permite que o condutor leia jornal ou durma enquanto o piloto automático estiver acionado. Uma câmara instalada no veículo detecta a distração do condutor e o programa computadorizado chama sua atenção.
Segundo Leohold, o carro totalmente automatizado, que pode percorrer longas distâncias sem intervenção do motorista e pode circular por vias urbanas "é para o futuro mais distante, daqui a uns 20 anos". Já o altamente automatizado pode estar nas ruas em "seis a dez anos", ao menos da Europa. "O custo é muito alto", admite o executivo, sem revelar números.
Os sistemas apresentados pelo HAVEit podem ser adotados em veículos de diversos fabricantes. Dos quatro automóveis usados para testes por um grupo de jornalistas, dois eram Passat Volkswagen e dois sedãs Volvo. Eles têm sistemas similares, mas com aplicações diferenciadas. Também foram apresentados dois caminhões e um ônibus da Volvo.
As novas tecnologias foram associadas às já disponíveis em alguns veículos, como sistemas que mantêm distância segura do veículo à frente, que avisam se o motorista sai da faixa da rodovia, se está com sono, alcoolizado ou a presença de veículos nas laterais, como forma de evitar o ponto cego.
Para caminhões, o piloto automático pode ser adotado apenas nos congestionamentos. No caso do ônibus, toda a tecnologia para segurança foi agregada à híbrida, resultando num veículo menos poluente.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 27 de junho de 2011

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Motos devem permanecer na 23 de Maio (23/06/2011)

O projeto da Prefeitura de São Paulo de proibir a circulação de motos na Avenida 23 de Maio - anunciado em diferentes oportunidades - parece cada vez mais longe de se tornar realidade. A iniciativa, q (...)

Os marginais das marginais (29/06/2011)

Enquanto a polícia ainda luta para debelar na cidade os constantes roubos a caixas eletrônicos praticados com explosivos, outro tipo de crime começa a se alastrar por aqui com uma frequência preocupan (...)

Parar no shopping volta à pauta (23/06/2011)

Consumidores ganharam um novo aliado na luta pela gratuidade nos estacionamentos dos shoppings centers. Está tramitando no Senado um projeto de lei que dará isenção da cobrança aos consumidores que re (...)


Seja um associado Sindepark