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O projeto que pretende revitalizar a cracolândia e transformar a região com bulevares e praças inspiradas em Barcelona e Nova York deve levar à desapropriação de ao menos 89 imóveis - sendo 3 estacionamentos, 27 prédios e 59 galpões ou lojas. Esse número diz respeito apenas às melhorias urbanas, como a criação de parques, ciclovias e calçadões, conforme noticiou o jornal Estado de S. Paulo.
A maior parte das desapropriações, segundo o governo, virá de investimentos do mercado imobiliário, que poderá construir em mais de 20 quarteirões. O governo municipal já recebeu do consórcio responsável pelo estudo urbanístico da Nova Luz o mapa preliminar das desapropriações e o estudo de viabilidade econômica do projeto, que mostra onde e quanto o mercado imobiliário poderá lucrar na área - os dois trabalhos ainda não foram divulgados.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano informou que ainda não é possível precisar o número total de desapropriações, porque os estudos não estão completos e haverá audiências públicas. Entre as informações divulgadas na apresentação da primeira fase do projeto está um mapeamento que aponta quem é o morador da região da Luz atualmente e também o perfil que o consórcio espera atrair para viver na Nova Luz.
Atualmente, diz o estudo, cinco tipos de moradores vivem na cracolândia: pequenos proprietários de empresas que trabalham em casa, comerciantes de lojas de eletrônicos, de motos, imigrantes legais e pessoas que vivem há anos no local e são proprietárias de pequenos negócios.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 22 de novembro de 2010

Categoria: Cidade


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