Aprovado pela Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal, o texto substitutivo da nova lei de Zoneamento deve começar a ser debatido hoje no plenário da Casa. O projeto, que regulamenta o uso e a ocupação do solo na capital, pode acabar em uma disputa na Justiça. Moradores de ruas e avenidas que hoje estão nas chamadas zonas estritamente residenciais prometem questionar a decisão dos vereadores de manter no plano a criação das zonas corredores, instrumento urbanístico que permitirá a instalação de serviços e comércios de médio porte.
Segundo entidades de defesa desses bairros, a implantação dessas zonas irá descaracterizar trechos com extensa área verde e que hoje já têm uma oferta de serviços que atende aos moradores. Diretor-executivo da AME Jardins, João Maredei afirma que o texto da comissão é genérico e não deixa claro que tipo de estabelecimento comercial será autorizado. “Não dá para saber se autoriza bar, balada ou restaurante. Podemos receber um museu com um restaurante, por exemplo. Esse texto genérico coloca o bairro em risco.”
Vila Madalena
O texto da comissão limitou a altura dos novos prédios nos bairros de Vila Madalena e Sumarezinho, na zona oeste. O relator do projeto, Paulo Frange, excluiu 22 quadras do perímetro de verticalização. A medida reduz de 700 mil m2 para 400 mil a área liberada para receber espigões.
Fonte: Jornal Metro (SP), 10 de dezembro de 2015