Os Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) moveram uma ação civil pública contra a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para que o déficit de quase 5,3 mil vagas de estacionamento seja resolvido em dois campi da instituição. O pedido feito à Justiça Federal é que a universidade não use mais espaços vazios para erguer novos prédios e tais locais sejam usados para a criação de estacionamentos. De acordo com os autores, a UFU expandiu sua área construída sem obedecer à legislação e reservar vagas para a parada de automóveis.
Na ação, o promotor Fábio Guedes e o procurador Cléber Eustáquio Neves questionam os motivos dos campi Santa Mônica e Umuarama, em Uberlândia, terem, somados, quase 201,7 mil m2 e apenas 1,2 mil vagas. O número adequado deveria estar perto de 6,5 mil delas, segundo o estudo feito pela Promotoria de Habitação e Urbanismo. Número que é quase seis vezes maior que o existente hoje. Segundo a ação, há 819 vagas no campus Santa Mônica, cerca de 30% das 2,7 mil que deveriam existir. Enquanto no campus Umuarama há 337 pontos de estacionamento, ou 9% do necessário, que seria de mais de 3,7 mil.
De acordo com uma pesquisa da própria UFU sobre o perfil dos estudantes da instituição, 25% dos cerca de 23 mil alunos se deslocam para a universidade de carro. Isso quer dizer que a demanda diária é de 5,75 mil veículos, segundo o levantamento, sem contar os servidores e o fluxo flutuante da instituição, de fornecedores e visitantes do lugar, por exemplo.
Fonte: Correio de Uberlândia, 13 de junho de 2015