Após fechar 2015 em quase 11%, a inflação desacelerou no ano passado e terminou 2016 em 6,29%. O resultado foi melhor do que o esperado, por exemplo, pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pelo próprio governo do presidente Michel Temer.
Em um ano agitado, que culminou no impeachment de Dilma Rousseff, em agosto, as previsões variaram conforme os desdobramentos da crise política. Veja quais eram as projeções feitas por diferentes entidades.
Banco Central
No final de 2015, o Banco Central previa inflação de 6,2% para 2016, em seu Relatório Trimestral de Inflação. A previsão foi subindo ao longo do ano (6,6% em março, 6,9% em junho e 7,3% em setembro).
Em dezembro, porém, o BC passou a prever inflação dentro do limite máximo da meta, em 6,5%. A meta era de 4,5%, com 2 pontos percentuais de tolerância (podendo variar entre 2,5% e 6,5%).
Governo
O governo de Dilma Rousseff previa, em fevereiro, que o ano fecharia com inflação de 7,44%.
Ao assumir a Presidência interinamente, em maio, Michel Temer reduziu a projeção para 7%. Depois, subiu para 7,2% e, em novembro, baixou para 6,8%.
FMI
Em abril de 2016, o FMI previa inflação de 8,7% para o Brasil. No final do ano, a previsão caiu, mas ainda ficou acima das estimativas do mercado e do governo feitas mais ou menos na mesma época. Em novembro, o fundo previa uma inflação de 7,2%.
Mercado financeiro
Em janeiro de 2016, economistas consultados pelo Banco Central estimavam que o ano terminaria com inflação de 6,93%. As previsões do mercado foram subindo ao longo de fevereiro e atingiram o maior valor no dia 22 (7,62%).
Os analistas consultados pelo Banco Central no Boletim Focus foram diminuindo as previsões a partir de março. Com as sucessivas quedas, em dezembro eles passaram a estimar que a inflação fecharia o ano dentro do limite máximo da meta do governo.
No último levantamento de 2016, os analistas previram inflação de 6,38%.
Fonte: UOL, 11/01/2017