O estacionamento rotativo em Belo Horizonte, cuja lei que o criou completará 50 anos em novembro, vai evoluir este ano para a modalidade eletrônica, com serviço pré-pago em cartão de crédito/débito. É o que revelou o novo diretor de sistema viário da BHTrans, José Carlos Mendanha Ladeira, para quem o futuro sistema ajudará no combate a uma nova estratégia usada em conluio por flanelinhas e motoristas que burlam o pagamento do faixa azul e transformam vagas em vias públicas em espaços privados.
Os infratores, agora, recorrem a grupos de WhatsApp para que guardadores de carros avisem aos condutores da chegada do agente de trânsito. O alerta possibilita a motoristas que trabalham ou estudam na região chegar aos veículos a tempo de preencher o faixa azul. Em contrapartida ao aviso e à reserva das vagas, desembolsam uma espécie de mensalidade aos flanelinhas, cujo valor oscila de acordo com os bairros.
Deixar de pagar o faixa azul é infração grave, que rende ao motorista cinco pontos na carteira nacional de habilitação (CNH) e multa de R$ 195,23. De janeiro a dezembro do ano passado, a Guarda Municipal autuou 29.650 infratores. O conluio entre flanelinhas e condutores ocorre em bairros como a Savassi, onde boa parte dos quarteirões permite a parada por até duas horas.
Fonte: Estado de Minas - BH - 13/01/2017