O volume de financiamentos de veículos novos recuou 6,5% no acumulado de janeiro a março quando comparado com iguais meses do ano passado: foram 257,2 mil unidades contra as 275,1 mil de um ano antes, volume que considera automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus e não inclui motocicletas. Os dados foram divulgados no dia 13, pela B3, que deriva da fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip e que continuará a operar o sistema nacional de gravames, cadastro das restrições financeiras de veículos.
Mais uma vez o índice negativo para o setor se deve à influência do segmento de veículos comerciais pesados, que inclui caminhões e ônibus, e cujos financiamentos caíram 22,3% no mesmo comparativo anual, para pouco mais de 11,4 mil unidades. Ambos os mercados seguem em queda livre.
Já em leves, que considera automóveis e comerciais leves, as vendas financiadas diminuíram apenas 5,6%, para 245,8 mil unidades.
Na contramão, os veículos usados continuam reportando desempenho melhor nos níveis de financiamentos. Entre janeiro e março, as vendas financiadas para esta categoria atingiram as 763,5 mil unidades leves e pesadas, aumento de 15,6% sobre as 660,4 mil de mesmo período de 2016. O mercado de usados reportou aumento de 10% de suas vendas durante os três primeiros meses do ano.
Entre as modalidades de crédito para a compra de veículos, o CDC – crédito direto ao consumidor – permanece como a preferida dos consumidores e empresas, respondendo por quase 83% de todas as transações realizadas no primeiro trimestre, concentrando mais de 1 milhão de contratos, um crescimento de 10,8% sobre o volume financiado há um ano. Neste caso, a B3 considera todos os segmentos de veículos, entre leves, pesados e motocicletas. Os consórcios estão em segundo lugar, com 15% das opções de crédito, que representa 181,5 mil unidades, queda de 5,2%. O leasing com apenas 0,8% de participação recuou mais de 30% ao financiar 10,1 mil veículos.
Fonte: revista Automotive Business, 13/04/2017