Duas das mais recentes e polêmicas ações do prefeito Fernando Haddad dividem a opinião dos paulistanos: o fechamento da av. Paulista para carros aos domingos e a redução da velocidade máxima em ruas e avenidas da cidade de São Paulo.
Há empate em relação à mudança da velocidade, segundo pesquisa Datafolha realizada na semana passada. Contrários e favoráveis somam 47% cada, com 4% de indiferentes e 2% que não souberam responder.
Essa política não é nova na cidade, mas foi intensificada sob Haddad e teve forte repercussão em julho, quando a gestão anunciou a redução da velocidade máxima permitida nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros.
Os limites nas vias caíram de90 km/hpara70 km/hna pista expressa, de70 km/hpara60 km/hna central e de70 km/hpara50 km/hna local.
O Datafolha questionou os paulistanos sobre a política geral de redução de velocidade em toda a cidade.
A mais alta taxa de aprovação, de 52%, está entre os mais pobres (renda familiar de até dois salários mínimos) e menos escolarizados (ensino fundamental). Já a maior rejeição (53%) a essa ação está entre aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos.
Uma curiosidade, segundo a pesquisa, é que a maioria das mulheres (51%) é a favor da medida, e a maior parte dos homens (52%), contrária.
Ainda de acordo com o Datafolha, 31% dos paulistanos consideram essa medida muito eficiente para a redução de acidentes na cidade. Para 43%, ela é pouco eficiente e, para 24%, nada eficiente.
Paulista
Os paulistanos também se dividem a respeito da decisão da prefeitura, contestada pelo Ministério Público, de transformar a avenida Paulista em uma via apenas de lazer todos os domingos, sem a circulação de carros das 9h às 17h.
Como a margem erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, os 47% favoráveis e os 43% contrários estão empatados tecnicamente.
A medida está em prática, mas a disputa entre a gestão Haddad e a Promotoria está longe de um ponto final.
Segundo o Datafolha, entre os mais jovens (16 a24 anos), a aprovação à medida é de 57%. Entre os mais velhos (acima de 60 anos), a taxa é de apenas 27%.
A av. Paulista, na região central de SP, é caminho para quem segue da zona oeste e central para a zona sul da cidade – ou no caminho contrário. A menor taxa de aprovação ao fechamento (42%) é de moradores da zona oeste. A maior (51%), de quem vive no centro.
Fonte: Folha de S. Paulo, 2 de novembro de 2015