"A obra está na fase de construção do centro coletor do combustível, em Ribeirão, e no distribuidor, em Paulínia, rigorosamente dentro do cronograma; vamos fluir etanol por São Paulo em março", disse Alberto Guimarães, presidente da Logum. A companhia constrói e vai operar o empreendimento de R$ 7 bilhões, que transportará, por 1,3 mil km de dutos, até 2016, o álcool de cana entre os centros produtores e consumidores de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Já no início da operação entre Ribeirão Preto e Paulínia, o etanol poderá chegar até o Rio de Janeiro por meio da conexão dos dutos da Petrobrás, uma das sócias do empreendimento. O etanolduto deve transportar mais de 20 bilhões de litros por ano com tancagem para 1,2 bilhão de litros de álcool quando a obra for concluída.
Sigilo
Segundo Guimarães, a Logum já está em fase final de negociação e elaboração de contratos com os primeiros clientes - entre usinas, distribuidoras e tradings - para o início do escoamento. Ele mantém os nomes dos potenciais clientes em sigilo, bem como o valor da tarifa para o transporte, que será publicada pela companhia no início das operações e terá a fiscalização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). "Nossa tarifa entre dois pontos vai ser, no mínimo, 20% inferior ao equivalente rodoviário e terá descontos maiores de acordo com os volumes e distâncias percorridas", garantiu. "Aos produtores, vamos ainda oferecer um serviço para a coleta do etanol nas usinas e levá-lo até Ribeirão Preto."
Fonte: O Estado de S. Paulo, 5 de novembro de 2012