O governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura firmaram acordo para a construção de dez estacionamentos gratuitos ao lado de estações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O objetivo é incentivar os motoristas a deixarem seus carros nos bolsões e utilizarem o transporte coletivo, além de facilitar o fluxo de tráfego que é prejudicado atualmente pelas Zonas Azuis e a permissão para parar. As áreas serão repassadas posteriormente à iniciativa privada e serão dados benefícios aos empresários do ramo.
"Queremos incentivar a iniciativa privada a investir em estacionamentos. Poderá ser dada isenção de tributos. Isso já foi acertado com o governador e o prefeito", afirma José Luiz Portella, secretário estadual dos Transportes Metropolitanos. De acordo com o SINDEPARK (Sindicato das Empresas de Estacionamento e Garagens do Estado de São Paulo), funcionam hoje aproximadamente 9 mil estacionamentos na cidade de São Paulo, com 630 mil vagas que atendem em média a 60 milhões de veículos por mês.
Já foi iniciado o levantamento de terrenos municipais e estaduais próximos às paradas de trem e metrô e o projeto de estacionamento livre deverá ser implementado até o fim de 2008, segundo Portella. O Município é proprietário da maioria dos terrenos que podem ser aproveitados para o convênio e a prioridade é criar os bolsões ao lado das estações Barra Funda, Luz, Tatuapé, Paraíso, Consolação e Vila Madalena do Metrô.
No entanto, para o coordenador do movimento Nossa São Paulo, Oded Grajew, não se pode mais privilegiar o transporte individual em cidades como São Paulo e a construção de mais estacionamentos não favorece o transporte de massa. Segundo Grajew, 40% da área central das grandes cidades brasileiras é ocupada pela malha viária. Os automóveis particulares, apesar de transportarem 20% dos passageiros, ocupam 60% das vias públicas. Os ônibus, que transportam 70% dos passageiros, ocupam 25% do espaço.
Fonte: O Estado de S. Paulo (SP), 12 de outubro de 2007
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