O impacto no trânsito é significativo e as queixas sobre a "falta" de espaço para estacionar são recorrentes. Na equação onde o contingente de veículos cresce e a estrutura viária não cobre a demanda por locais para estacionamento, o gargalo permanece. Em Fortaleza, o Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito (Paitt), lançado em 2013 pela Prefeitura, trouxe projeção de mudanças nesta área.
Porém, passado este tempo, os planos para melhoria e readequação do sistema de Zona Azul continuam sendo estudados. A Capital possui 2.843 vagas de Zona Azul, distribuídas nos bairros Aldeota, Centro, Meireles e Montese, além da Av. Monsenhor Tabosa. "O problema é que é muito carro, para pouco espaço e ninguém organiza. Não há soluções e a gente sente é no dia a dia", opina a vendedora Madalena Costa.
Já o funcionário público Paulo Felício concorda que o problema existe e tem grande impacto, mas avalia que a resolução não passa pela ocupação das vias públicas. "É complicado estacionar, mas a solução não é ampliar estacionamento nas ruas. Isto tem que ser feito em locais privados", defende.
Dentre as iniciativas aplicadas pelo Paitt, a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) testou, em 2015, tecnologias como Parquímetros (na Aldeota), SMS (na Avenida Beira-Mar) e Sensor (na Av. Monsenhor Tabosa). Os testes foram finalizados no ano passado e agora, conforme a Pasta, "seguem em andamento os estudos técnicos e ajustes no projeto, feitos a partir do que foi identificado neste período de experiência". Para a definição da tecnologia a ser adotada, a Secretaria explica que estão sendo levadas em consideração a avaliação dos órgãos de trânsito e a segurança dos sistemas.
Fonte: Diário do Nordeste - Fortaleza - 22/08/2016